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02/12/2016

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Golpe dentro do golpe

Edson Bonine em 02/12/2016 às 14h45

Com novo recuo do PIB, gestão de Henrique Meirelles na Fazenda volta a ser alvo de críticas POR PAINEL - FOLHA DE SÃO PAULO Nós aqui outra vez O ministro Henrique Meirelles tornou a virar alvo de críticas. A pressão para que a equipe econômica tire da cartola medidas para retomar o crescimento ganhou força após o decepcionante recuo de 0,8% do PIB no terceiro trimestre. Os investimentos caíram e provocaram uma onda de queixas ao presidente. Cobra-se mais criatividade da Fazenda. Uma frase resume o sentimento geral em Brasília: “A equipe dos sonhos não está conseguindo entregar os sonhos da equipe”. Esperando Godot Palacianos estão frustrados. Esperavam que a estabilização da atividade econômica tivesse se confirmado agora. Geleia geral Para o mercado, enquanto houver forte desarranjo institucional — Ministério Público brigando com Legislativo; Legislativo em guerra com Judiciário; Judiciário às turras com Executivo — os investimentos de longo prazo não chegarão. Agora vai O governo bateu o martelo. Reúne as centrais sindicais e os líderes do Congresso na segunda-feira (5) e apresenta a reforma da Previdência logo depois, possivelmente na terça (6). Assim, sei lá Com Geddel Vieira Lima fora e Eliseu Padilha se recuperando de uma crise de pressão alta, aliados notaram Temer um pouco “solitário” no Planalto. Última ceia O centrão vai se reunir na casa de Jovair Arantes (PTB-GO) na segunda à noite para apresentar os nomes das prévias e fazer uma tentativa derradeira de acordo pelo comando Câmara. Com que roupa A ala do centrão mais simpática a tolher os poderes da Lava Jato — praticamente todo o grupo — reparou: Rogério Rosso (PSD-DF), candidato ao posto, votou contra o abuso de poder de autoridades. Gastei por conta Garçons do Congresso comemoravam o artigo do projeto anticorrupção que criava recompensa para o reportante do bem. “Ficaremos ricos”, diziam eles pouco antes da votação que desfigurou a medida. Péra lá Temer sanciona nesta sexta (2) a medida provisória que transferiu para as faculdades parte das despesas do Fies. Há um único veto às alterações feitas no Congresso: o trecho que proibia a Justiça de obrigar o Ministério da Educação a abrir novos cursos por meio de liminar. Já foi melhor, hein? Renan Calheiros só decidiu pagar para ver e tentar aprovar a urgência do abuso de autoridade após caciques do PSDB e de partidos de esquerda darem o sinal verde. Só não contava que as bancadas não seguiriam o comando. VIP Rogerio Chequer, líder do Vem Pra Rua, enviou nesta quinta-feira (1º) um convite ao juiz Sergio Moro para que ele participe da manifestação de domingo, na av. Paulista, a favor da Lava Jato. Engrossa o caldo Com o movimento da Câmara contrário ao pacote anticorrupção do Ministério Público, o protesto de domingo engrossou. Mais de 50 cidades aderiram ao ato em menos de 24 horas — ao todo já são 150 municípios no país inteiro. Rir por último Ninguém dirá publicamente, mas um dos objetivos da Lava Jato com a elevação de tom em direção ao Congresso era justamente ampliar a adesão aos atos do fim de semana. À la Meirelles A Executiva do PMDB implantou um ajuste fiscal próprio nas contas do partido: pelo segundo mês seguido, os diretórios estaduais receberam cerca de 15% a menos dos repasses do órgão nacional. A ideia é que o aperto venha para ficar. Meritocracia Geraldo Alckmin pretende usar secretarias estratégicas, como Cultura e Transportes, para acomodar futuros aliados. Pré-candidato a presidente, Alckmin ainda não definiu quem vai cuidar de sua comunicação. O posto deixado por Marcio Aith segue desocupado. TIROTEIO Não há plano B. O PSDB continuará apoiando o governo Temer porque o melhor para o Brasil é concluir a transição. DE AÉCIO NEVES (MG), presidente nacional do PSDB, sobre a notícia de que tucanos falam em eleição indireta de FHC caso Temer não termine o mandato. CONTRAPONTO Plano de carreira Na terça-feira (29), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), concedeu palestra em um evento do banco JP Morgan. Durante sua fala, Doria reafirmou a intenção de não disputar a reeleição para o comando da capital paulista. Da plateia, um presidente de fundo de investimento internacional sediado no Rio de Janeiro soltou: — Então, daqui a quatro anos, vá para o Rio e dispute a eleição por lá! O próprio investidor emendou, para deleite do tucano e de sua equipe: — Tenho certeza de que estaremos precisando.

CAIXA PRETA DE SARTORIO BENEFICIOS AOS EMPRESÁRIOS

Henrique Schuck Drey em 02/12/2016 às 09h41

O Deputado Marlon Santos, relator do orçamento, diz que o estado não tem Déficit, pois concede benefícios fiscais aos empresários em torno de 9 bilhões de reais... MP/RS ingressou com Ação Civil Pública, onde o Secretário Feltens terá que apresentar documentos fiscais do tesouro do Estado, sob pena de multa diária no valor de r$ 10 mil reais. O governo Sartori (PMDB) que tenta implantar a qualquer custo toda a agenda típica da direita, de precarizar para privatizar, tentando descarregar toda a crise nas costas dos servidores públicos, afirmando que o estado está em calamidade financeira, terá que ser mais transparente. O Ministério Público (MP) estadual entrou com ação civil pública contra o Estado, a acusação é que a Secretaria da Fazenda sonega informações solicitadas pelo MP e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A transparência é característica da democracia, mas, não da democracia burguesa em que vivemos. Há tempos que a burguesia faz uso do poder político para manter seus privilégios e regalias. Lenin nos lembra em Estado e Revolução que "para manter o poder público separado da sociedade e situado acima dela, são necessários os impostos e uma dívida pública". Manter sob sigilo a quem se concede incentivo fiscal, talvez alguns dos mesmos que recebem juros da dívida pública, é parte do meio que o próprio sistema capitalista tem de fazer com que nós trabalhadores e juventude paguemos pela crise. No entanto, está cada vez mais difícil esconder o jogo da população. Essa trama começou quando o deputado Marlon Santos (PDT), relator do Orçamento de 2017 na Assembleia Legislativa, afirmou que, na prática, não há déficit nas contas públicas gaúchas já que o Estado concede R$ 9 bilhões em incentivos fiscais sem dizer para quem e por quê. Governo do Estado defendeu, na sexta-feira, que os incentivos fiscais concedidos a empresas do Rio Grande do Sul são necessários. Conforme o governo gaúcho, a retirada das isenções não resolve o problema do Estado, a pergunta que fica é: e parcelar salários do funcionalismo, cortar da saúde e da educação resolve? Em verdade esse governo aplica um estado mínimo para os trabalhadores e para a juventude, e um estado máximo para empresários, mídia burguesa e banqueiros parceiros do governo. Porém, reproduzindo uma guerra de todos contra todos nos três poderes, que ocorre no nível federal, o judiciário gaúcho resolve atuar para exigir transparência do secretário da fazenda com relação as contas públicas. A ação tem 61 páginas mais anexos, onde se questionam os motivos do sigilo fiscal além de, ao final, definir uma multa pessoal de dez mil reais por dia a Giovani Feltes, caso não lance as informações que são de interesse público. Porto Alegre nesta última sexta feira levou mais de 20 mil pessoas as ruas contra a PEC 55, gritando fora Temer e Sartori. Porém, apesar de a crise política se acirrar cada vez mais, CUT e CTB se restringem a um palavrório sem um plano de luta claro e consistente

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