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CAZO

Sexta
07/08/2020

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2020

Adriano Bitencourt Chaves em 07/08/2020 às 17h57

A esquerda sempre polarizou o debate, nós(eles), os bonzinhos e eles(nós) os maus, aqueles que não gostam dos pobres, que não olham por eles, que são corruptos e não tem coração, hoje também são nazistas, racistas, homofobicos, desumanizam o adversário para agredir violentamente sem culpa. O modo de operações nunca muda, precisam dar um alvo aos truculentos, aos homicidas e vandalos, motivam a massa para manter o poder, manter o status de altruístas, sensíveis e amigos da paz. Podia funcionar no passado quando eram únicos no palco politico e detinham o monopólio da virtude. Mas isso é passado, são violentos, corruptos, difamam e agridem despudoradamente mas expostos como estão, tentam recuperar espaço e são novamente chutado como cães sarnentos que são.

MANIPULAÇÃO

João Orlando dos Santos em 07/08/2020 às 15h04

Tem lógica. Quem não estiver conosco é contra nós. Em centenas de países bilhões de pessoas usam máscara para se proteger por recomendação do mundo científico. A Holanda de 17 milhões de habitantes serve como exemplo para não se usar máscara, a mesma Holanda que para o cidadão comprar a maconha liberada precisa do mesmo documento para comprar a cerveja. Ou seja o insano seguidor do outro insano que não usa máscara mostra a não obrigatoriedade do uso de máscara, o mesmo insano que é contra a liberação da maconha omite que a Holanda liberou a maconha. Isso se chama ódio fruto do nefasto populismo gerado pela polarização, o mesmo ódio que o nazistas convenceram os alemães a aceitar como inevitável o extermínio de judeus, ciganos, crianças nascidas com mal formações e os que manifestavam desacordo com as políticas oficiais. Estes bandidos de extrema-direita movidos pelo ódio devem ser sempre combatidos com palavras mostrando o que são e a que vieram.

Peculato, Lavagem de dinheiro, Ocultação de patrimônio, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Daniel Falkenberg em 07/08/2020 às 15h03

Isso é só o que o primeiro bolsonarinho (senado Flávio Bolsonaro) está envolvido. E o restante da FAMILÍCIA BOLSONARO? Um bom advogado poderia nos dizer quantos anos de prisão um sujeito COMUM com tantos crimes pegaria. Agora, com proteção da (e interferência na) Polícia Federal, recursos e mais recursos de vários e bons advogados nos diversos níveis da Justiça, proteção do papai mandachuva (o insano capitão) e desinteresse dos milhões de bolsonaristas por "roubo de merreca" e corrupção não-petista, quanto tempo vai levar pro sujeito FILHINHO-de-MILICIANO chegar a ter alguma condenação??

MANIPULAÇÃO

Rosalvo Lourenço em 07/08/2020 às 13h40

De acordo com o site de notícias Crítica Nacional, o governo holandês não exigirá o uso de máscaras em público para impedir a disseminação do Sars-CoV-2 (vírus responsável pela Covid-19). A declaração dada na semana passada teve como justificativa o fato de não haver evidências científicas sobre a eficácia do uso de máscaras. “Do ponto de vista médico, não há evidências de um efeito médico do uso de máscaras, por isso decidimos não impor uma obrigação nacional”, disse a ministra holandesa da Assistência Médica, Tamara Van Ark, após uma reunião com especialistas em saúde e prefeitos. Autoridades de saúde do governo holandês têm expressado dúvidas sobre a eficácia das máscaras. O chefe do Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda, Jaap van Dissel, disse que as máscaras podem levar a uma falsa sensação de segurança, porque as pessoas mantêm menos distância. Jaap van disse ainda que a organização está ciente de que alguns estudos mostram que as máscaras podem ajudar a retardar a propagação do vírus, mas que as evidências não são conclusivas, e que as máscaras podem realmente aumentar a probabilidade de transferir a doença se não for usada adequadamente. https://www.tercalivre.com.br/por-falta-de-evidencias-cientificas-governo-holandes-nao-exigira-uso-de-mascaras-em-publico/

MÁFIA DE LOS DEMENTES

João Orlando dos Santos em 07/08/2020 às 12h50

ZERO HORA 07/08/2020 QUEBRA DE SIGILO Extrato bancário de Queiroz revela novos repasses à primeira-dama e não registra empréstimo de Bolsonaro Segundo a revista Crusoé, cheques que caíram na conta de Michelle somam R$ 72 mil, e não os R$ 24 mil até então revelados nem os R$ 40 mil ditos pelo presidente 07/08/2020 - 10h39min FOLHAPRESS Italo Nogueira E Ana Luiza Albuquerque A quebra do sigilo bancário do policial militar aposentado Fabrício Queiroz revela novos empréstimos à primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo mostrou a revista Crusoé nesta sexta-feira (7). Segundo a publicação, os extratos contrariam a versão apresentada até aqui pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre as transações de Queiroz, até aqui se sabia que haveria repasses que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente. Em entrevistas após a divulgação do caso, Bolsonaro disse que o ex-assessor repassou a Michelle 10 cheques de R$ 4 mil para quitar uma dívida de R$ 40 mil que tinha com ele (essa dívida não foi declarada no Imposto de Renda). Também afirmou que os recursos foram para a conta de sua mulher porque ele "não tem tempo de sair". Mas, segundo a revista, os cheques que caíram na conta de Michelle somam R$ 72 mil, e não os R$ 24 mil até então revelados nem os R$ 40 mil ditos pelo presidente. Queiroz afirma que deu "satisfação" a Flávio Bolsonaro sobre rachadinha. Flávio Bolsonaro admite que Fabrício Queiroz pagava suas despesas pessoais. Quem é quem no esquema da rachadinha no RJQuem é quem no esquema da rachadinha no RJ A quebra de sigilo atingiu a movimentação financeira de Queiroz de 2007 a 2018. Nesse período, não há depósitos de Jair Bolsonaro na conta do ex-assessor que comprovem o empréstimo alegado. Assim, se o empréstimo ocorreu, foi feito em espécie. A reportagem confirmou as informações obtidas pela revista e apurou ainda que a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, pagou pelo menos quatro cheques a Michelle em 2011, no valor total de R$ 11 mil. Os repasses ocorreram em dois períodos. Entre 2011 e 2013, Márcia e Queiroz pagaram cerca de R$ 40 mil em cheques à primeira-dama. Em 2016, foram nove cheques de R$ 4 mil. Queiroz e Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete de Flávio Bolsonaro. Em dezembro de 2018, a Folha de S.Paulo mostrou que uma das filhas de Queiroz, Nathalia, era funcionária fantasma de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O gabinete do então deputado federal manteve, de 1991 a 2018, uma intensa e incomum rotatividade salarial de assessores, atingindo cerca de um terço dos mais de cem que passaram por lá. Segundo o Ministério Público do Rio, Queiroz foi o operador de um esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio. Os possíveis crimes apontados pelo MP-RJ a eles são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa." As rachadinhas supervisionadas pelo Queiroz não deixam nenhuma dúvida que o clã Bolsonaro é uma quadrilha organizada há muito tempo para roubar os cofres públicos. E mais uma mentira deslavada do Messias Bolsonaro é descoberta e mostra a sua desonestidade, nunca houve empréstimo ao Queiroz,houve sim recebimento de parte dos roubos de dinheiro público.

O ÓDIO

João Orlando dos Santos em 07/08/2020 às 11h11

Talvez a consequência mais nefasta da polarização decorrente dessa emoção seja o aparecimento do político populista Quem não estiver conosco é contra nós: não há espaço para empatia nem para o contraditório, entre odiadores só há certezas Ódio é uma emoção duplamente negativa. Quando se expressa, faz mal contra quem se dirige, enquanto envenena aquele que o sente. Na cadeia, tratei de uma moça que vou chamar de Maria, irmã mais velha de uma menina de 15 anos estuprada e esfaqueada na região genital pelo segurança de uma construção, que fugiu depois do crime. Maria ficou tão revoltada, que largou do namorado, dos amigos e abandonou o emprego de secretária, para dedicar-se em tempo integral à caça do estuprador. De manhã, saía da casa dos pais como se fosse para o trabalho, e passava o dia pela cidade atrás de qualquer pista que pudesse levá-la a ele. A ideia de matá-lo tomou conta de sua vida de tal forma que nada mais a interessava, nem o convívio com os pais e os sobrinhos de quem era tão próxima. Chegou a dormir na porta de um armazém, à espreita do criminoso. Finalmente, encontrou-o no café da manhã numa padaria. Seduziu-o com um sorriso. Marcaram encontro para o fim da tarde. Depois de três cervejas, ela o convidou para o apartamento. Ao atravessarem uma área despovoada, tirou o revólver da mochila, obrigou-o a ajoelhar-se, mostrou-lhe a fotografia da irmã e deu o primeiro tiro, deliberadamente contra o abdômen, de modo a apreciar a submissão e o desespero nos olhos do infeliz. Prolongou quanto pode a agonia do homem suplicante. O tiro de misericórdia veio com um quê de frustração, por dar fim ao sofrimento do desafeto. Foi condenada a 12 anos. Estava presa havia quatro, quando a conheci. Apesar de reconhecer os revezes da perda de um bom emprego e do convívio com a família, confessava não estar arrependida: “Se ele reencarnasse, eu faria tudo de novo”. Odiar é doença contagiosa. Você, caríssima leitora, provavelmente sentiu ódio desse homem capaz de estuprar e esfaquear os genitais de uma criança de 15 anos. Fosse você a juíza do caso, talvez não tivesse aplicado pena tão severa ou, quem sabe, considerado a absolvição a sentença mais justa. A depender das condições, o ódio adquire características de epidemia que se dissemina pela vizinhança, pela cidade, por um país e até por um concerto de nações. Pode ser dirigido contra uma única pessoa, contra um grupo, raça, etnia, os habitantes de um país inteiro ou de uma região do planeta. Assim, os nazistas convenceram os alemães a aceitar como inevitável o extermínio de judeus, ciganos, crianças nascidas com mal formações e os que manifestavam desacordo com as políticas oficiais. É uma emoção aglutinadora: os inimigos de quem odeio estão do meu lado, se nos aliarmos teremos mais força para massacrá-lo. O ódio não admite hesitações, interpretações alternativas ou neutralidades, quem não estiver conosco é contra nós. Não existe espaço para empatia nem para o contraditório, entre os odiadores só há certezas. Talvez a consequência mais nefasta dessa polarização seja o aparecimento do político populista. Seu talento maior está em identificar numa população as mágoas e as frustrações individuais, para transformá-las em ódio, catalisador essencial para unir o povo contra os que serão apontados como responsáveis “por tudo o que está aí”. O populista necessita da existência de inimigos, como a abelha da flor. Sejam eles imaginários ou personificados. É a lógica do ódio que assegura a submissão dócil dos liderados, esteio da sobrevivência do líder. O presidente atual soube entender a insatisfação popular e desenterrou o cadáver do comunismo, para interpretar o papel de inimigo do povo. À menor crítica, o cidadão é tachado de comunista e execrado nas redes sociais. A chegada da pandemia colocou mais lenha nessa fogueira, já que ofereceu a oportunidade de criar outro inimigo: a ciência. Isolamento social, máscaras, testagem em massa, tudo tem sido contestado com afronta pelo próprio presidente e seus seguidores incondicionais. Medidas de saúde pública adotadas no mundo inteiro, passaram a ser consideradas ações propostas por adversários empenhados em destruir a economia, subverter a ordem e matar os brasileiros de fome. Chegamos ao disparate de politizar a indicação de um medicamento ineficaz no tratamento da doença: quem segue os caprichos do presidente tem que ser favorável à prescrição de cloroquina, ainda que seja tão ignorante em medicina quanto ele." DRAUZIO VARELLA ZERO HORA 07/08/2020

2020

Adriano Bitencourt Chaves em 07/08/2020 às 11h04

Associação Sionista Brasil-Israel (ASBI) e o NÃO a Felipe Neto - - A Comunhão de Metáforas: O que nós judeus temos a dizer a respeito do ideário da desumanização ideológica - ENQUANTO HITLER ENCOMENDAVA A GOEBBELS FILMES SOBRE JUDEUS OS EQUIPARANDO A RATOS, FELIPE NETO FALA QUE SEUS ANTAGONISTAS SÃO COMO RATOS QUE SAÍRAM DO ESGOTO DA OPINIÃO PÚBLICA. - O BRASIL ÀS PORTAS DO MACARTHISMO DE SINAIS INVERTIDOS. - Hitler insistia com Goebbels que a produção cinematográfica alemã colocasse imagens de ratos os equiparando aos judeus. O filme produzido foi “O Eterno Judeu” (Der Ewige Jude), de caráter documental, onde aparecem imagens de ratos saindo dos esgotos ao que se segue uma multidão de judeus nas ruas. O asco encomendado servia a instigar um antissemitismo popular, instintivo (e como tal não elaborado), impelido pela repugnância, num contraste com a pretensa super-humanidade da raça de “Apolos loiros arianos”. A construção do mito depreciativo de judeus processava-se por uma união entre a antiética e a estética. - É com tristeza que vemos assomar-se uma figura que salta das fraldas para encarnar a cultura de desumanização das individualidades que se opõem aos ideários que assimilou por osmose irascível, muito mais que pela reflexão. Tal figura acena com um macarthismo de sinais invertidos, no qual se empreende denuncismo persecutório, mobilização de investigações espetacularistas, com conteúdo apenas bilioso em suas imprecações. O nome deste personagem: Felipe Neto. - Em entrevista à "Globonews", em 02/08/2020, Felipe Neto foi questionado por Cristiana Lôbo sobre se ele sentar-se-ia com representantes da direita bolsonarista (que ela tenta reduzir a “blogueiros”), com o fito de discutir o projeto de lei sobre as famigeradas “fake news” na Câmara dos Deputados. - Felipe não se conteve e discriminou seus antagonistas como pessoas que sempre ficaram no “esgoto da opinião pública”, dizendo: - “Eu não me sentaria da mesma forma que eu não aceito aparecer na CNN Brasil pela mesma razão. É... a gente está vivendo um momento hoje no Brasil inteiro onde a gente está lidando com a validação do negacionismo, a validação do obscurantismo, a validação de pessoas e ideias que sempre ficaram no esgoto da opinião pública. E que de repente saíram dos esgotos, como ratos pela cidade, de uma forma tão violenta e grotesca, que saíram contaminando todo mundo”. - Entendam: aqueles a quem ele se refere como pessoas sem direito a serem ouvidas querendo as transformar em subcultura, separando-as de uma direita tolerável, são, ao contrário do que ele pretende, pessoas que emergiram com um discurso dissidente eficaz e profundo, aquelas que defenderam uma axiologia da eternidade como bases de nossa civilização judaico-cristã; são as que foram capazes de fazer prosperar a contrarrevolução ao discurso relativista pelo qual fundou-se um humanismo constituído como o contrário do divino, um humanismo que dita as regras subvertendo a possibilidade de standards morais, um humanismo que quer o homem como a medida de todas as coisas. - Felipe quer perfilar os inimigos como infra-humanos políticos na medida em que os chama de ratos, que, como ele mesmo sinaliza, só tiveram destaque porque não haviam aparecido jornalistas competentes... Nos alvos das fantasmagorias que povoam sua mente estão aqueles a quem não deve ser dado ocupar a tribuna e menos ainda o púlpito da nova religião política, na qual a virtude é encaixotada nos estreitos dos valores progressistas que defende. - O seu programa de eliminação começa, assim, na supressão da dignidade intelectual dos adversários, que, segundo ele, nunca deveriam ter sido ouvidos. Quando pensamos em alguém sem conteúdo para ser levado a sério, este é o limite natural da liberdade de expressão, pois, simplesmente ninguém escuta aquela pessoa, sem necessidade de reprimi-la, como quer fazer Felipe Neto com os que chama de “ratos”. Sabemos que não ter mérito para ser escutado seria o caso do próprio Felipe Neto, não fossem seus milhões de reais e milhões de seguidores infanto-juvenis, gerando um capital de prestígio que ele prostitui para a sua agenda política. - Porém, pese sua falta de mérito intelectual, não rimos dele nem o deixamos de escutar, pois a cautela exige que prestemos atenção ao fenômeno, pois, esta narrativa pode sair do controle doa minguados personagens como Felipe e resultar em algo muito pior do que ele almeja, fazendo-nos reféns de psicose coletiva incontrolável. Recordamos aqui que o desprezo pode armar ciladas, bastando lembrar que Hitler foi menoscabado pela intelectualidade de sua época enquanto vertia sua miscelânea de Spengler com esoterismo romântico, assim como, "pari passu", Mao em sua “revolução cultural” abrigava a histeria que resultaria em algo muito parecido com aquilo que quer fazer a mídia mundial agora (ler “Mao a História Desconhecida”, de Jon Halliday e Jung Chang). - Atrabiliariamente o youtuber converte o seu simplismo aos propósitos de comunicação de massas, hipnotiza jornalistas e ouvintes que não sabem processar devidamente o que escutam, assim como o público que paradoxalmente diz querer educar digitalmente; estes profissionais da imprensa o ouvem sem capacidade de se escandalizar com a nova ordem dos excluídos, ficam passivos, com olhar estupidificado ante a abominação da segregação prévia, censura prévia, enfim, a couraça da mordaça virtual que quer costurar. - Persegue patrocinadores de cursos de história ministrados pela direita, litiga contra o revisionismo sem dizer se o que chama de revisionismo são teorias apócrifas sem lastro sério ou simplesmente as contestações do seu parco ideário, coloca uma massa de advogados para processar todos os que possa; reclama de direitos autorais sobre vídeos que se emparelham, em valor cultural, com as produções da “A Princesa Xuxa e os Trapalhões”, como se alguém ambicionasse valer-se delas para locupletar-se, quando todos apenas expõem trechos de vídeos seus para exercer a crítica do ridículo que neles se flagra. - Não se sabe em que rincão da esquerda perdeu-se o corpo jurídico do Facebook e do Youtube (Google) que desconhece a lei 9.610/98, a qual, nos incisos III e VIII do art. 46, capitula como não ofensivas ao direito autoral a exposição de trechos para "crítica ou polêmica", aplicando-se isto às obras audiovisuais (inciso VIII, "i" do art. 5º). Estamos à disposição daqueles que queiram volatizar esta piada jurídica utilizada neste intento censor mambembe. - Tal como a dança de Chaplin com o globo, Felipe sente que ganhou o mundo como um brinquedo que o fará passar de calças curtas pelo átrio dos grandes, acreditando-se – pasme-se! – como aquele que será o contrafluxo das ideias no mundo digital, mas não pelos argumentos e sim pela articulação com os donos do poder. Estará militando nisto com congressistas e flerta com os atos de império travestidos de hermenêutica pelo STF, glamurizando uma censura soteriológica. Concede entrevistas, ocupa jornais e almeja, como sempre, a assepsia política, a cunhagem do apartheid ideológico. - O precário recorte histórico do qual é capaz retrocede apenas ao aparecimento de Olavo de Carvalho. Se for pedido que cite outros nomes do pensamento conservador teremos a nítida e constrangedora impressão de que o balaio vazio onde cabe a sua biblioteca nos informará que bastaria imolar o citado pensador para consertar o mundo. - A história, para ele, portanto, ia muito bem até aparecer Olavo como “seu diabo exclusivo”, que cita em todas as suas diatribes, raiz do desvio pelo qual o mundo separou-se do “bom caminho” gerando uma legião de “luciferinos de direita”. Logo, então, vem ele como o grande Messias que reverterá o mal mediante o silenciamento dos “demônios extremistas”, diligenciará para tirar do ar vídeos do filósofo e da direita em geral, tudo sob essa bandeira caricatural. - Sua curta régua cronológica não permite vislumbrar a engrenagem contra a qual reagiram não só Olavo, mas uma plêiade de outros filósofos. A obsessão monotemática com Olavo é, muito embora tenha este uma importância extraordinária, um distintivo da pouca leitura do adolescente tardio. - Ou seja, no fantástico mundo em que Felipe vive, não houve, antes, justamente o contrário, a saber, a esquerda capturando toda a cultura mediante décadas de doutrinação e loteamento político. Neste mundo fantasista Felipe não é apenas uma marionete frankfurtiana, sendo, por tal razão, que prefere não contemplar os fatos históricos em sua completude, pois, diante desta realidade, não teria como escapar da condição de mero lugar comum, diferenciando-se de tantos outros apenas pelos holofotes milionários que possui. Deste modo, Felipe prefere acreditar em sua própria fantasia de que Deus criou o mundo na data de nascimento de Olavo e tenha ele, Felipe, a missão de salvar a todos como o “imberbe mancebo montado num cavalo branco”, que abre o caminho com a “boa-nova” reativa. - Falemos mais objetivamente, agora, sem ironias ou gracejos. Felipe labora no domínio da estreiteza que permite estereotipar inimigos do mesmo modo que antes estigmatizaram raças, mas Felipe não pratica o racismo contra adversários; no lugar disto Felipe os marginaliza ideologicamente para suprimir-lhes a dignidade humana na qual se encontra a capacidade de repensar o establishment. Segundo ele, esses inimigos são apenas ratos oportunistas cujas ideias cabem naquilo que seu raquitismo intelectual quer emoldurar. - Diferentemente do que, na escassez cultural, proclamam de forma barateada aqueles que alegam, como Felipe, a existência de um obscurantismo redivivo, mal sabendo que a grande maioria dos filósofos foi religiosa e metafísica, a dignidade humana é uma emanação direta do conceito de imago-Dei no judeu cristianismo, engendrando a ideia de que o homem, por guardar uma imagem e semelhança para com Deus, desfruta de um status especial na Criação que o consubstancia com o Criador, residindo aí a ideia teológica de “persona”, não podendo, portanto, ser coisa entre coisas, como compraz ao universo valorativo da esquerda. - Desumanizar para alijar, reduzindo a dignidade humana de um certo grupo, é uma das tragédias recorrentes na aventura da humanidade; esta ideia sempre aparece para prover os interesses mais espúrios com justificativas inferiorizantes que agora, como vemos, têm como alvo e vítimas não a raça ou a etnia, mas a simples identidade ideológica, aqueles cujo lugar no debate deve ser negado. - O que nós, judeus, devemos dizer de tudo isso? O que nós, judeus, temos a dizer de Felipe Neto nestas suas palavras? Sem dúvida sentimo-nos espelhados naqueles que ele ataca ao previamente querer a “desratização política da sociedade” os desumanizando. - É inevitável que os judeus estejam contra ele pela simples comunhão de metáforas com Goebbels ao empregar a imagem de ratos para adversários políticos, ainda que, diferentemente deste último, Felipe não tenha utilizado tal imagem para designar raça. Sempre estaremos irmanados com os que são silenciados à força pelos incapazes de enfrentar a esgrima da verdade, sempre estaremos em uníssono com o silêncio dos reprimidos, já conhecemos desde séculos atrás as infames associações entre judeus e ratos, judeus e a peste negra, o mal, etc., para podermos nos alinhar com quem diz o que Felipe disse. - As palavras de Felipe acima reproduzidas na entrevista à "Globo News", são o verdadeiro discurso do ódio, que se, ao contrário, houvesse saído da boca de algum bolsonarista célebre, estaria este exposto à execração em todos os jornais. É por imoralidade consentida e seletiva que se admite o descalabro que é alguém dizer uma coisa dessas e nada acontecer. Ele, Felipe, é que deveria passar a ser conhecido como um dos expoentes do discurso de ódio a partir desta fala. Quem usa uma metáfora goebbeliana dessas contra adversários, amanhã poderá utilizá-la contra nós, judeus, pelo que nesta missiva cabe a conhecida e sempre oportuna lembrança do alerta de Eduardo Alves da Costa: - "Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim e não dizemos nada Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta, e porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada". - Esta é a forma e o nome do nosso NÃO, como judeus, a Felipe Neto. - - Félix Soibelman Presidente da Associação Sionista Brasil-Israel (ASBI) A imagem que ilustra o texto é de um jovem(Felipe) de 30 e tantos anos com cara de ignorane e uma tampa de vazo na cabeça, bastante simbólico.

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