O Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul (RS), é um diário regional com circulação média de 6 mil exemplares e público leitor de 48 mil pessoas, moradores do município e de sua região de abrangência: Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Cerro Branco e Agudo. Seu principal mercado de circulação é Cachoeira do Sul, município de 80 mil habitantes, distante 190 quilômetros da capital gaúcha, Porto Alegre.
O noticiário apresentado nas páginas do JP é essencialmente regional, voltado ao serviço e à comunicação comunitária. Os assuntos nacionais de repercussão em todo o país, bem como as mudanças econômicas, sociais e políticas com reflexo no município, recebem o tratamento comunitário, desde o fato até sua repercussão.
O Jornal do Povo é um dos principais jornais do interior do Rio Grande do Sul, apesar de circular em um mercado que é o 40º arrecadador de ICMS do estado. Filiado às principais entidades do setor - Associação dos Diários do Interior (ADI), Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) - o JP é o líder de um grupo empresarial que inclui a revista Planeta Arroz, a revista Linda, a rádio GVC.fm e a Gráfica Jacuí.
Sua opção histórica é a cobertura municipal, focada em um jornalismo interpretativo, participativo e propositivo. O engajamento com as causas comunitárias é reconhecido pela sua comunidade, assim como foi decisiva sua participação em momentos históricos de sua cidade. Os episódios mais recentes foram a liderança de uma reação regional para evitar o processo de esvaziamento dos órgãos do Estado sediados em Cachoeira do Sul e a campanha comunitária para preservar o único hospital beneficente da cidade.
O Jornal do Povo circula seis vezes por semana, com as edições de segunda, terça, quarta, quinta, sexta-feira e fim de semana. Em suas páginas estão editorias especializadas de cidade, economia, TV, política, esporte e polícia. Seu noticiário geral, voltado para o cliente comunitário, mostra as feições, tradições e aspirações da cidade e da região. As principais lideranças da sociedade cachoeirense participam com sua opinião em colunas assinadas e artigos selecionados.
Com 95 anos de circulação ininterrupta, o Jornal do Povo é o órgão de imprensa de maior longevidade da região central do Rio Grande do Sul. Uma história alicerçada no conceito de credibilidade e absoluta independência econômica, além de reconhecida participação comunitária.
Ex-Diretores
Da esquerda para a direita: Mário Godoy Ilha (1929 - 1933), Virgílio Carvalho de Abreu (1929 - 1937), Manoel de Carvalho Portella (1944 - 1951), Liberato Salzano Vieira da Cunha (1944 - 1957), Paulo Salzano Vieira da Cunha (1957 - 1996).
Estrutura
O Jornal do Povo é o líder de um grupo empresarial que inclui a revista Planeta Arroz, a Gráfica Jacuí, a Dados Pesquisas e Estatísticas, a Revista Linda, a Central Gráfica de Jornais e a Casa Brasil Editores. O grupo possui um parque gráfico próprio com uma rotativa de nove unidades, onde são impressos dezenas de outros jornais do Rio Grande do Sul.
A equipe é formada por cerca de 100 profissionais, incluindo vendedores e entregadores. Os colaboradores são distribuídos em setores de atendimento ao público, administração, captação de assinantes, publicidade, redação, edição, centro de processamento editorial, industrialização, laboratório e distribuição.
Diretoria
Diretor Geral: Eládio Dios Vieira da Cunha
Diretor-editor: Liberato Dios
Gerências
Redação: José Ricardo Gaspar do Nascimento
Administração: Cristina Keling
Comercial: Márcio Vieira da Cunha
Jornal do Povo Ltda
CNPJ 90.512.682/0001-04
Rua 7 de Setembro, 1015 - CEP 96508-011 - Cachoeira do Sul/RS
Telefone (51) 3722-9696
Sucursal em Porto Alegre
GRUPO DE DIÁRIOS DO INTERIOR
Rua Garibaldi, 659 - Conj. 102 / Fone (51) 3272-9595
Representante em outros Estados
Brasília
CENTRAL DE COMUNICAÇÃO
Setor Comercial Sul - Bloco D - 10º andar, salas 1002 e 1003
Ed. Oscar Niemeyer
CEP 70.316-900 - Brasília / DF - Fone: (61) 3323-4701
E-mail - brasilia@centralcomunicacao.com.br
Grupo Vieira da Cunha
O Jornal do Povo integra o Grupo Vieira da Cunha, formado por empresas de comunicação e da área gráfica situadas no centro do Rio Grande do Sul, que estabelece uma atuação que se dissemina por vários municípios do estado, aproveitando-se de sua privilegiada localização geográfica.
Missão
Disponibilizar informação e entretenimento onde o cliente quiser receber;
Atuar com imparcialidade e ética, contribuindo para a evolução sócio-cultural das comunidades abrangidas;
Visão
Consolidar-se como complexo de comunicação regional, contribuindo para o crescimento das pessoas e das comunidades em que atua, proporcionando a satisfação dos colaboradores e compensação crescente aos acionistas.
Valores
Ética;
Respeito ao indivíduo;
Responsabilidade social;
Agilidade;
Auto-superação e independência.
Negócio
Produzir e disponibilizar informação.
Associado à:
Carta de princípios do Jornal do Povo
Buscar a informação verdadeira
Ao receber uma informação, ela tem de ser apurada. A fonte precisa ser investigada. O repórter terá de detalhar para as partes envolvidas, de forma didática, os efeitos da omissão da informação. A fonte tem o direito de ser ouvida sobre informação que a prejudique e responder, podendo ser ao lado de seu advogado. Para uma reportagem mais completa é necessário enumerar e caracterizar a importância da fonte no fato apurado.
Ouvir todas as histórias
Ao apurar a informação, o repórter tem que ouvir todos os lados envolvidos no fato, oferecendo oportunidade de defesa antes mesmo da publicação da acusação, evitar o sensacionalismo que dá o fato no dia e só mostrar o outro lado na reportagem do dia seguinte. Quando a fonte optar por não dar a informação, explicar os efeitos disso para a opinião pública. Caso mantenha o silêncio ou não seja encontrado, deixar bem claro na reportagem que a parte foi procurada.
Buscar fontes alternativas
Caso o personagem principal negue-se à entrevista, buscar fontes alternativas, sempre deixando claro ao leitor a distância que separa esta fonte alternativa do relato do fato. A notícia é uma prestação de serviço e a função principal do produto oferecido ao comprador de jornal e assinante, inclusive na versão digital. Entretanto, caso não haja certeza do fato jornalístico apurado, é preferível adiar a publicação.
Manter a independência
Quando uma fonte envolvida também for um anunciante que possa estar condicionando a publicação de notícia a um corte na verba publicitária, explicar que esconder a verdade piora a situação da empresa perante a opinião pública. Melhor será apresentar sua versão da história. Caso a ameaça persista, manter a função primeira do jornal: buscar e publicar a verdade dos fatos.
Ser didático e elegante
As fontes precisam ser esclarecidas dos efeitos na opinião pública de negar-se a esclarecer os fatos, mas, para tanto, o repórter não pode perder a elegância com o entrevistado. Deve ser profissional e honesto e deixar claro sua função na apuração da informação. Jogar limpo com todas as partes, inclusive o leitor, ainda é a melhor forma de manter intacta a credibilidade do jornal.
Imparcial, sim Neutro, não
Um dos princípios da redação do Jornal do Povo é evitar a neutralidade. Esta é a própria definição do papel do JP em sua comunidade. Um dos produtos da inteligência humana é posicionar-se perante os fatos. O JP nunca será neutro. Entretanto, não pode ser o dono da verdade e precisa oferecer espaço de manifestação aos contrários ao posicionamento do jornal. Por sua vez, o JP tem de deixar claro sua posição em cada tema, permitindo que colunistas e fontes possam mostrar sua posição em contrário, caso não optem pela omissão.
Manter a ética
Manter a ética é dever do repórter, do jornal e das fontes. Onde uma destas peças falhar, a informação está comprometida e a credibilidade fica abalada pela desconfiança. O texto deve ser focado nas informações objetivas e não nas subjetivas. Os dados devem buscar a precisão e a interpretação necessita de opinião consolidada. O maior patrimônio profissional de um jornalista é seu nome. Quando as pessoas não acreditam mais no que este nome escreve, a carreira está encerrada.
Pluralidade e ação comunitária
O jornal precisa abrir espaços para as opiniões divergentes perante os grandes temas comunitários. Não pode ser porta-voz de apenas um segmento, uma religião, um partido, uma filosofia ou de apenas um lado do fato. O JP é antes de tudo um jornal propositivo, cobrando o que é de direito da cidade e da comunidade regional, servindo de fórum de iniciativas de desenvolvimento e provocando a reação de autoridades e sociedade organizada nos pleitos de interesse de seu leitor, de seu assinante. O JP tem um histórico de liderar mobilizações ou se somar a mobilizações originárias em sua comunidade.
Manual de Redação
O JP possui seu manual de Redação, elaborado em 2000, em reuniões entre editor, repórter e revisão. Foram uniformizados linguagem, expressões, numerais, abreviaturas e siglas. Não houve cópia de nenhum outro manual, mas como guia dos tópicos a serem abordados. O Manual uniformiza o texto e dá uma fórmula mais próxima do que o editor entende por texto e estrutura textual melhor para o leitor.
Contato do repórter
A fonte deve ser tratada com respeito, sem reverência. Partimos do ponto que o repórter não sabe tudo sobre o tema e a fonte colabora para preencher as lacunas. A aproximação com as fontes em uma cidade pequena, como Cachoeira do Sul e seus 80 mil habitantes, é inevitável. Por isso reforça-se os conceitos de profissionalismo e ética.
Escolha da informação
As respostas procuradas por um repórter devem ser buscadas em todas as fontes disponíveis. Na construção do texto, entretanto, é respeitada uma hierarquia de quem opina. Opinião todos têm. Conhecimento de causa é outro fator.
Opção pelas pessoas
Na busca por informação e posição, o JP opta por ouvir as pessoas de sua comunidade. Como o JP é um jornal comunitário, é possível ter contato direto com todas as fontes. Quando elas se negam a informar, o repórter relata ao leitor seu esforço em obter as informações.
Elaboração de pauta e edição
O JP em 96 anos de circulação já passou por todas as revoluções da indústria jornalística, do uso de tipos gráficos à adoção do computador, da aquisição da mídia virtual ao assinante pela internet. Em razão disso, também já adotou e arquivou centenas de tecnologias de elaboração de pauta e edição. Atualmente, a redação é dividida em editorias, com reuniões de pauta em separado com cada editor. A edição tem três momentos de planejamento. No dia anterior é esboçada uma edição completa. Ao meio dia, antes dos contatos com os editores, o planejamento é atualizado, o mesmo acontecendo ao final da tarde, antes da etapa de paginação.
Administração da empresa
O JP, por decisão histórica de seu principal diretor, Paulo Salzano Vieira da Cunha, dividiu a administração do Jornal do Povo em duas fontes decisórias, o diretor administrativo e comercial e o diretor-editor. Desta forma, o departamento comercial não tem ingerência na redação, embora o diálogo seja permanente entre os setores.
Acessibilidade
O JP acompanha o comportamento de seus leitores e sua crescente relação com a internet, tanto que está disponível em todos os dispositivos móveis e na web para os assinantes, com um percentual de conteúdo aberto.
Definição de prioridades editorais
A definição das prioridades editoriais para publicação responde ao mesmo método do planejamento antecipado da edição: a quem interessa esta informação, quanto de transformadora ou mobilizadora esta informação pode ter e o quanto de repercussão terá a informação. Pela ordem também se prioriza o serviço, a notícia, a informação e a opinião.
Fidelização do leitor
Como o JP circula em um município com 80 mil habitantes, a necessidade mercadológica consiste em fidelizar o leitor. Isto leva o JP a diversificar sua pauta, investir na proposição de ações e inserir-se na comunidade como fórum de debates e mobilizações. Resume-se este objetivo com o slogan atual do JP: “A gente vive Cachoeira”.