Blog do Mistério
A bruxa de Curitiba
Durante o dia uma moça, durante a noite uma senhora. Conheça a história da Bruxa de Curitiba.
Constantina, uma jovem descendente de italianos, morava com sua mãe, dona Lola, em Curitiba. Dona Lola sempre insistia que Constantina deveria abraçar sua herança como uma strega, uma bruxa italiana, mas a jovem relutava em aceitar essa vocação sobrenatural.
Ela tinha habilidades incomuns, como conversar com os mortos e prever o futuro, mas preferia usar esses dons para ajudar as pessoas, ao invés de usá-los para fins sombrios.
Certa noite, Constantina e sua mãe foram ao cemitério realizar rituais de feitiçaria. A jovem, no entanto, sentia-se desconfortável com essas práticas macabras e fugiu de casa, procurando refúgio em uma casinha abandonada em meio a uma mata. Lá, ela descobriu ervas medicinais que tinham poderes de cura impressionantes.
A notícia sobre as habilidades de Constantina espalhou-se rapidamente pela região, e as pessoas começaram a visitar a jovem bruxa em busca de ajuda. No entanto, quando alguém chegava à sua casa à noite, encontrava uma idosa em seu lugar, sempre dizendo que Constantina tinha saído. Durante o dia, a jovem estava presente, mas a idosa desaparecia completamente.
Um dia, um menino chamado Zé foi procurar Constantina para pedir ajuda para sua mãe doente. Ao chegar à casa, ele espiou pela janela e testemunhou a transformação da jovem em uma velha. Assustado, ele correu para contar o que tinha visto. Constantina ficou furiosa com a revelação, pois, a própria mãe a amaldiçoara quando ela se recusou a cumprir seu destino como bruxa. Dominada pela raiva, começou a lançar maldições e medos sobre Zé.
A história tomou um rumo trágico quando a mãe de Zé acabou falecendo misteriosamente. O menino, consumido pelo medo e pela culpa, também encontrou um destino sombrio. A partir desse acontecimento, a lenda da Bruxa de Curitiba ganhou mais força, enquanto as pessoas se questionavam sobre os limites entre o bem e o mal, a aceitação de seus dons e o preço que se pagava por ignorar a verdadeira essência de sua natureza.
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Morte no cemitério
O título deste post vai remeter a um romance de Agatha Christie, mas infelizmente é pura realidade.