Blog do Mistério
A menina do lacinho cor-de-rosa
Em Belo Horizonte, corre a história de um porteiro que, todas as noites, era visitado por uma menina de aparência serena e educada. Ela sempre perguntava se poderia subir ao oitavo andar, e ele, sem desconfiar de nada, prontamente permitia. A criança aparentava ter cerca de dez anos, trajando um vestido branco com um delicado laço cor-de-rosa na cintura. Seus sapatos brancos e um adereço da mesma cor no cabelo completavam o visual angelical que parecia cativar o porteiro.
A rotina repetia-se quase sempre no mesmo horário. Ela aparecia sorrindo, pedia licença, e sumia no elevador rumo ao oitavo andar. O porteiro, acostumado à presença da menina, sequer pensava em perguntar mais detalhes sobre sua visita ou quem ela pretendia encontrar. Para ele, a menina era apenas uma parente de algum morador, talvez alguém próximo ao simpático casal de idosos que habitava o apartamento naquele andar.
Certa noite, no entanto, algo chamou a atenção do porteiro. A menina apareceu diversas vezes, como se estivesse indo e vindo pelo prédio, mas ele não a via descer pelo elevador ou pelas escadas. O comportamento estranho despertou a curiosidade do homem, que decidiu finalmente conversar com os moradores do oitavo andar no dia seguinte.
Ao questionar o casal de idosos sobre a criança, a reação deles foi de absoluta surpresa. Eles não haviam recebido visitas naquele período e, ao ouvirem a descrição detalhada da menina, ficaram pálidos. Eles mostraram ao porteiro uma fotografia que tinham na parede da sala.
O porteiro sentiu um arrepio percorrer seu corpo. A imagem era inconfundível: a menina sorridente na foto, com o mesmo vestido branco e laços cor-de-rosa, era a mesma que ele permitira entrar tantas vezes. Mas havia algo ainda mais perturbador — o casal revelou que aquela era a neta deles, falecida tragicamente anos antes.
Desde então, a história tornou-se uma das lendas urbanas mais contadas na região. A figura da menina do oitavo andar tornou-se um símbolo de mistério, assombro e de uma inexplicável conexão entre o mundo dos vivos e o além. Muitos acreditam que seu espírito ainda vaga pelo prédio, enquanto outros defendem que era apenas uma manifestação de saudade por parte do casal. O que realmente aconteceu naquela portaria, ninguém pode afirmar com certeza.
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