A nova geração da poesia

A sala de honra do Jornal do Povo foi palco nesta sexta-feira da solenidade de premiação da 27ª edição do Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas, marcando o início das celebrações dos 95 anos do JP, que acontece neste sábado. A cerimônia foi conduzida por Tiago Vargas, coordenador do concurso, professor, poeta, escritor e colunista da página de poesias do JP.

Na categoria adulta, a primeira colocada foi a professora de anos iniciais Luísa Gonçalves Nunes, de 21 anos, que escreve há quatro anos. “Estou muito feliz com esta premiação, é uma honra fazer parte disso”, disse Luísa. Os estudantes Julia Marques Freitas, de 14 anos, e Bernardo Borba Figueiredo da Silva, de 11 anos, ambos do Colégio Ulbra São Pedro, foram os vencedores nas categorias juvenil e infantil, respectivamente.

SEGUNDOS COLOCADOS
Os segundos colocados foram a professora de Português Elisabete Fogliarini, de 67 anos, na categoria adulta, e as estudantes Isabele Foletto Machado, de 14 anos, na categoria juvenil, e Sophia Trindade da Silva, de 11 anos, na categoria infantil, também do Colégio Ulbra São Pedro. Os poemas que conquistaram o 2º lugar nas categorias estão publicados na página literária do Jornal do Povo, no JP2 desta edição. Além disso, no site do JP há um banner para acesso, onde podem ser vistos todos os ganhadores do Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas e seus trabalhos reconhecidos pelo concurso em todas as 27 edições.

OS POEMAS CAMPEÕES
CATEGORIA ADULTA 

“Vestes do vento”
(Luísa Gonçalves Nunes)

Sob as vestes deste amor
Fiz do infinito minha morada
Plantei lembranças em solo fértil
Em seu coração
Fiz casa amada
Pitei o vento
Com meu sonho
Criei nuvens com seu nome
Colhi tempestades solitárias
Com os restos de minha fome
Sob as vestes deste amor
Fiz do infinito
Terra dourada
E entre ondas de pensamento
Fiz de meu coração 
Terra sossegada.

CATEGORIA JUVENIL

“A flor bordada”
(Julia Marques Freitas)

Quem dera eu ser a flor
Que livre vive pelos campos
Seja eu qualquer uma que for
Apenas queira causar-lhe encantos
Quem dera eu ser uma rosa
Aquela da Bela e a Fera
Que com seus belos e perigosos espinhos
Proporciona milhares de sorrisos
Quem dera eu ser uma orquídea
Aquela que enfeita o cabelo da prendinha
Com seu tom lilás
Apaixona qualquer rapaz
Quem dera eu ser uma tulipa
Aquelas coloridas
Com suas seis pétalas
Que fascinam qualquer guria
Mas sou apenas uma flor bordada
Que pelas mãos de costureiras,
Em um vestido de prenda fui pregada
Quem sabe um dia, eu ganhe vida
E esteja livre pelos campos,
Constituindo uma bela paisagem
Que lhe causa encantos. 

CATEGORIA INFANTIL

“A vida é assim”
(Bernardo Borba Figueiredo da Silva)

A vida é assim
É uma brincadeira
Quando você é bebê
Só usa mamadeira
A vida é assim
É uma felicidade
Quando você é criança
Só usa a criatividade
A vida é assim
É muito estudo
Quando você é adulto
Tem que ter muita 
responsabilidade

A vida é assim
É uma alegria
Quando você é velhinho
Tem que ter muita sabedoria.

QUEM É QUEM
Os primeiros e segundos colocados nas três categorias

Luísa Gonçalves Nunes e Elisabete Fogliarini: 1ª e 2ª na categoria adulta

Julia Marques Freitas e Isabele Foletto Machado: 1ª e 2ª na categoria juvenil

Bernardo Borba Figueiredo da Silva e Sophia Trindade da Silva: 1º e 2ª infantil