Blog dos Espíritos
A reencarnação
Nascer de novo
Reencarnação quer dizer nascer de novo ou renascer na carne. Reencarnar significa acima de tudo, retornar ao mundo material para uma nova existência física. Como a semente que é lançada à terra para brotar, crescer e dar frutos, o Espírito retorna à carne para se aperfeiçoar, marcando mais um degrau evolutivo na sua caminhada rumo à perfeição. Como Jesus orientou ao doutor da lei, Nicodemos: “Em verdade, em verdade digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Através das sucessivas existências físicas, o Espírito adquire maior conhecimento e se eleva em moralidade, então passando a cooperar conscientemente na obra do Criador. A cada nova existência, dá o Espírito um passo a diante na senda do progresso. No momento em que se torna um Espírito puro, não tem mais necessidade da vida corporal. O conhecimento desta pluralidade das existências leva o homem a valorizar a sua experiência carnal, esforçando-se na sua reforma íntima e na renovação com Jesus, de modo a superar a sua própria inferioridade.
Sucessivas oportunidades
Segundo “O Livro dos Espíritos”, em resposta dos Espíritos Superiores à pergunta 169, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito. Assim, reencarnamos inúmeras vezes, em diferentes lugares e com diferentes experiências carnais para que possamos, através das novas oportunidades de reajuste que nos são oferecidas, vencer os sofrimentos, as dores que nos afligem e que são decorrentes de nossa invigilância e imperfeição. Como bem nos ensina Allan Kardec: “Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a Lei”.
“Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à humanidade; numa palavra: como lei da natureza. Pelos seus resultados, ela se evidencia, de modo, por assim dizer, material, da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento. Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec nos explica: não estaria de acordo com a equidade, nem com a bondade de Deus, castigar para sempre aqueles que encontraram obstáculos ao seu progresso, independentemente de sua vontade e pelo meio mesmo onde foram colocados.
Traçando o plano
O Espírito realiza a reencarnação de forma consciente, inclusive traçando o seu próprio plano geral para a existência material que está se iniciando. O reencarnante, de acordo com suas limitações, será mais ou menos auxiliado por Espíritos com mais conhecimento e com os quais tenha afinidade.
No entanto, se não estiver suficientemente equilibrado ou consciente, será orientado no planejamento de sua passagem pelo plano material. Ao reencarnar, terá início o processo de existência corporal, porém esse não permanece fechado e inalterado, pois toda trajetória pessoal depende de como fazemos uso do nosso livre-arbítrio, nos afastando ou nos mantendo no caminho reto que traçamos anteriormente, de acordo com a maneira pela qual enfrentamos as situações e a vida.
Podemos escolher as naturezas das provas e expiações que enfrentaremos ao reencarnarmos, tudo de acordo coma condição e merecimento que adquirimos. Assim, a reencarnação poderá ser:
- Compulsória: É própria dos Espíritos cujo grau de perturbação impede análise lucida da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a liberdade de escolha. É aquela que colhe o Espírito sem prévia concordância dele e até mesmo sem o seu conhecimento. Os arranjos são feitos por intercessão de entidades interessadas no reequilíbrio do Espírito que cometeu faltas contra a Lei Divina.
- Proposta: Leva em conta o livre-arbítrio relativo que dispõe o Espírito. Mentores estudam seus débitos e méritos programando os principais acontecimentos de sua próxima existência na carne, tendo em vista a liquidação ou minoração de dívidas e as possibilidades de progresso. Mas não é imposto, podendo o Espírito discutir certas questões e propor alterações que serão aceitas ou não.
- Livre: É propriedade dos missionários, Espíritos redimidos perante a lei ou próximos da redenção, possuem liberdade de escolha muito ampla. Pois vêm ao mundo material para o desempenho de tarefas elevadas, movidos pelo amor. Deus, nosso Pai piedoso e justo, sempre nos concede muitas oportunidades de nos redimirmos e de aprendermos com nossos erros pretéritos.
Sempre há um novo dia, uma nova chance, uma nova vida e a capacidade de escolhermos o caminho reto que nos levará ao progresso, à perfeição e a felicidade verdadeira. Para isso, façamos de Jesus nosso guia e sigamos seus ensinamentos e passos. O caminho foi ensinado, basta escolhermos seguir.
KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”; “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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