Blog dos Bichos

Conheça a Pipoca, uma cadela de apoio emocional

04/01/2025 09:35 - por Cristiane Vieira da Cunha cristiane@jornaldopovo.com.br

Em um mundo cada vez mais agitado e repleto de desafios, a companhia de um animal de estimação pode ser muito mais do que um simples conforto. Para muitas pessoas, esses amigos de quatro patas se tornam verdadeiros pilares de apoio emocional, oferecendo um amor incondicional e uma presença reconfortante que faz toda a diferença na saúde mental e bem-estar.

Hoje vamos conhecer a história da Pipoca, uma cadela de apoio emocional, da raça Pastor Australiano,  e do seu tutor, Felipe Caleffi, 37 anos, natural de Santa Bárbara do Sul e atualmente Professor Universitário na UFSM de Cachoeira do Sul. 

Felipe conheceu a ONG Instituto RedDogs através de uma matéria em uma revista sobre autismo. O Instituto Reddogs, sediado na cidade de São Paulo, é uma organização sem fins lucrativos dedicada a treinar cães de assistência e de apoio emocional para auxiliar pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. Seu objetivo é promover inclusão social, autonomia e qualidade de vida para pessoas atípicas e suas famílias. 

Especialmente, a ONG treina e doa os cães para crianças. Como a Pipoca era matriz de um canil, ela chegou para a ONG já com 4 anos. Visto que estes cães têm 2 anos de treinamento até sua “formação”, a Pipoca seria muito “velha” para ir para uma criança. Então, Felipe foi o primeiro adulto a receber um cão da ONG. A ideia é que a criança possa conviver com o cão durante toda a sua infância. Os cães iniciam o treinamento logo após alguns meses de nascimento, e com pouco mais de 2 anos de idade, já são doados para a família.

“A Pipoca está sempre comigo, inclusive no meu trabalho. Ela me auxilia a reduzir minha ansiedade e a relaxar em momentos de maior stress e hiperfoco. Além disso, especialmente a Pipoca me auxilia com meu problema físico crônico que tenho no esôfago (meu esôfago fica rígido e fecha). Ela identifica quando isso acontece e me avisa, para que eu possa tomar remédio antes que os sintomas apareçam. Normalmente, quando isso acontecia no passado, eu chegava a ficar até 2 meses sem conseguir me alimentar. Agora com a Pipoca, eu perco no máximo uma refeição” – conta Felipe.

Felipe e Pipoca estão sempre juntos, um cuidando do outro. Devido ao seu treinamento, a Pipoca sabe que Felipe é o “Autista” dela. “A minha qualidade de vida melhorou muito com a presença da Pipoca. Meu emocional está mais saudável e, principalmente, minha saúde física está muito mais bem controlada desde a chegada dela na minha vida” – relata o tutor.

Sobre a organização Reddogs
O Instituto Reddogs seleciona cães de canis ou abrigos, treinam e preparam estes cães para serem utilizados em asilos, hospitais e também em escolas, creches especializadas em PCD.

Esse projeto tem sua missão em ajudar em tempo integral pessoas com deficiências, sejam autistas, downs, depressivos, parkinsonianos e tantas outras síndromes, problemas ou déficits que acometem as pessoas. Atualmente seu foco e prioridade é auxiliar as pessoas com autismo.

Um projeto inovador e revolucionário que visa ajudar a pessoa com deficiência com um cão pra si, para ficar 24 horas por dia, 7 dias por semana por anos e anos.

Quem pode ter um animal de assistência emocional? É necessário passar por uma avaliação médica com um profissional de saúde mental, que fará o diagnóstico e emitirá um laudo indicando a necessidade do animal. Com o laudo em mãos, o tutor poderá comprovar a função do animal, o que permitirá que ele frequente determinados lugares acompanhado de seu tutor.  É importante destacar que a decisão de ter um animal de apoio emocional é baseada em uma necessidade médica, e só pode ser tomada após uma avaliação adequada com um profissional capacitado.

Legislação sobre os pets de apoio emocional: No Brasil, ainda não há uma legislação federal que regulamente a presença dos animais de apoio emocional em todos os espaços, mas há uma lei em tramitação. O projeto prevê que animais de apoio ou assistência emocional, de pequeno porte, acompanhem a pessoa com deficiência mental, intelectual ou sensorial em meios de transportes ou locais abertos ao público.

A lista contempla cães, gatos, coelhos e até tartarugas, desde que não representem perigo as demais pessoas e não sejam venenosos ou peçonhentos. Alguns estados brasileiros e instituições já contam com leis que regulamentam a presença de animais de apoio. Apesar de ainda não haver uma legislação federal, algumas instituições, como hospitais, escolas e companhias aéreas, já criaram regras específicas quanto à presença de animais de apoio emocional. Elas entendem a importância do pet e permitem que eles acompanhem seu proprietário. Por isso, é importante verificar as regulamentações locais antes de levar um animal de suporte emocional a esses lugares. (Fonte: Fórmulaanimal.com.br)

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