Loja Maçônica Liberdade comemora seus 150 anos

Instalada em Cachoeira do Sul, a Loja Maçônica Liberdade 179 do Grande Oriente do Rio Grande do Sul (GORGS) comemora o seu sesquicentenário com evento na noite deste sábado, na Sociedade Rio Branco. Os convites, comercializados a R$ 100,00 cada, já estão esgotados.

O evento iniciará às 19h, no salão de atividades múltiplas (SAM), com uma sessão magna pública que contará com a presença do Grão Mestre do GORGS, Celito Cristófoli. Após a sessão, os convidados serão direcionados ao salão principal da Sociedade Rio Branco, onde será servido o jantar e depois haverá um baile com música ao vivo, animado pela banda Alma Nova.

Templo da Loja Liberdade 179

Estandarte da Loja Liberdade 179

QUEM É QUEM
Loja Liberdade 179 
Aproximadamente 50 obreiros, dentre eles:
- Venerável Mestre - Roger Gomes da Rosa, biomédico
- 1º Vigilante - Gustavo Porto, agricultor
- 2º Vigilante - Vitor Baisch, advogado e servidor público
- Mestre de Honra - Tomaz Arbelo, bancário aposentado e atual presidente da Fenarroz
- Tesoureiro - Luizinho Boz, agricultor
- Secretário Vladimir Farias, aposentado dos Correios
- Orador Tiago Tombini, advogado e assessor jurídico do Sicredi

Roger Gomes da Rosa: Venerável Mestre

O Venerável Mestre Roger Gomes da Rosa com o Grão Mestre Celito Cristófoli

Placa para os 150 anos no monumento
Na última quarta-feira, no dia do aniversário de 150 anos da Loja Liberdade e também da Maçonaria de Cachoeira do Sul, foi colocada uma placa em homenagem à data no monumento da Maçonaria Unida de Cachoeira do Sul, no trevo de acesso a Cachoeira do Sul pela Avenida João Neves da Fontoura. O monumento foi erguido através da iniciativa da Loja Liberdade em conjunto com outras Lojas no dia 20 de setembro de 2019.

Monumento ganhou nova placa em saudação aos 150 anos da Loja Liberdade

PARA SABER MAIS
A história da Loja Liberdade 179, do Grande Oriente do Rio Grande do Sul
- A Loja Liberdade 179, do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, foi fundada em 17 de julho de 1874 por um grupo de homens irmanados pelo ideal de buscar a luz do esclarecimento e a liberdade. Dentre eles, estavam Hilário Pereira Fortes (conhecido nacionalmente como Barão de Viamão), Ramiro Barcelos, Polycarpo Pereira da Silva, Afonso Pereira da Silva, Hilário José de Barcellos, Ludovico Martins Pinto, Francisco José Pereira Bastos, Luiz Antônio de Macedo, José Soares de Almeida Filho, Joaquim Gomes de Carvalho, João José Rodrigues, Manoel Moreira de Carvalho e Pantaleão Paulo Pereira. 

- O primeiro neófito iniciado no Oriente de Cachoeira do Sul, em 24 de outubro de 1874, foi Constantino José de Barcellos, escrivão, na época com 42 anos.

- Muitas informações foram consumidas pela poeira do tempo e por um incêndio que destruiu parte desta história, aguçando assim a curiosidade popular e incentivando especulações sobre a instituição. 

- Uma das curiosidades relevantes é que, nesta época (1874), Cachoeira era administrada pela Câmara de Vereadores, portanto, a Loja Progresso Municipal, que décadas depois passou a se chamar Loja Liberdade, surgiu antes mesmo da Prefeitura de sua cidade.

- As ações de caridade ou benevolência só são conhecidas daqueles que frequentam as paredes internas do templo, pois a Loja cumpre rigorosamente a passagem bíblica que diz: "Que tua mão esquerda não saiba o que faz com a mão direita".

- A Carta Constitutiva da Loja Progresso Municipal data de 12 de setembro de 1874, cuja regularização aconteceu em 15 de outubro do mesmo ano. Em 1883 passou para o Grande Oriente do Brasil, sob o cadastro nº 297. Onze anos depois, filiou-se à Potência do Grande Oriente do Rio Grande do Sul.

- Em 1905, cessaram as referências sobre as atividades da Loja Progresso Municipal. Em maio de 1920, com a vinda a Cachoeira do diretor da revista O Delta, Paulino Diamico, que, ao constatar a boa vontade reinante entre maçons para o restabelecimento da Loja, promoveu uma reunião, com a presença de muitos Irmãos. Nesta ocasião, foi decidido por unanimidade que a Loja ficaria sob os auspícios do Grande Oriente do Rio Grande do Sul (GORGS), tomando como título distintivo a divisa do Pavilhão Nacional: Ordem e Progresso. 

- A diretoria provisória foi constituída pelo Venerável Mestre Sebastião da Silva Barros e pelos Irmãos Augusto Brandão, Archimino Campos, Antônio Antunes de Araújo e Leonel Friedrichs.

- Com a reorganização da Loja, um prédio teve de ser alugado, na Rua Moron, 108. Os móveis necessários para os trabalhos da Loja foram manufaturados por Manoel Lourenço do Nascimento, a partir de sarrafos e madeiras retiradas dos caixões vazios de seu armazém de gêneros alimentícios. Na sequência, houve a regularização da Loja.

- Com instalações bastante modestas, a Ordem e Progresso cresceu principalmente em número de obreiros. Em 1924, pôde realizar, no dia de São João, a primeira sessão pública de adoção de lowtons.

- Outras sessões do gênero também foram realizadas no ano seguinte, mas já na sede, da Rua Sete de Setembro, com duas portas de frente. O sonho da sede própria ainda embalava os Irmãos.

- Em 1926, a Loja Ordem e Progresso adquiriu, à custa de empréstimo autorizado pelo GORGS, no valor de 16 contos de réis, uma casa dos herdeiros de Gustavo Gütschow, “com uma porta, cinco janelas e um portão de frente à Rua Moron”, que foi reformada pelos Irmãos.

- Um salto no tempo leva a uma nova mudança de nomenclatura, com a constituição da Loja Liberdade, registrada sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil, em 4 de dezembro de 1945, com cadastro no Grande Oriente do Rio Grande do Sul nº 179. 

- Nas décadas seguintes, a Loja Liberdade viveu momentos de glória e também de dificuldades, que foram superadas por Irmãos que, identificados com os ideais maçônicos, a consolidaram, carreando ao longo do tempo uma história contada pela força da união de cidadãos comprometidos com a qualificação da sociedade em que vivem.

- Hoje a Loja Liberdade 179 continua residindo no mesmo templo do qual é proprietária, localizado na Rua Moron 1262, onde mantém suas sessões nas segundas-feiras. 

- Outras lojas de Cachoeira e região alugam o Templo da Loja Liberdade para realizarem seus trabalhos nos demais dias da semana.