Blog do Mistério
O hospital das Cinco Chagas
Os corredores do antigo Hospital das Cinco Chagas sussurram segredos do passado, principalmente quando a noite chega, ou quando as luzes se apagam, o que acontece frequentemente. Atualmente o prédio abriga o parlamento de Andaluzia, em Sevilla, na Espanha. Mas quando foi erguido em 1546 era um hospital, com alas que serviam como manicômios.
Atualmente parece um simples prédio institucional, mas entre os ecos das antigas enfermarias vazias, paira a presença sombria de uma freira, considerada uma maldição. Irmã Úrsula, uma enfermeira do século XVII, é lembrada não por sua benevolência, mas por sua crueldade implacável. Os relatos sombrios transpassaram o tempo, descrevendo sua sede pelo sofrimento alheio.
Dizem que os passos fantasmagóricos de Irmã Úrsula ecoam pelas sombras do local até hoje, trazendo consigo um arrepio de medo e inquietação. Testemunhas relatam visões da freira, trajando seu hábito negro e carregando um molho de chaves que tilintam a cada passo. À medida que a noite se adianta, sua presença se torna cada vez mais palpável, assombrando os cantos esquecidos do antigo hospital.
Os poucos corajosos que se aventuram nos corredores abandonados são recebidos pelo olhar vazio da freira, cujo semblante espectral parece não conhecer descanso. Seus olhos sem vida são retratos de uma história de tormento e agonia, congelando até mesmo os corações mais destemidos em uma frieza mortal.
Para alguns, Irmã Úrsula é uma lembrança vívida das injustiças do passado, uma testemunha silenciosa de tempos sombrios. Para outros, sua presença é um aviso sinistro, um lembrete macabro de que o mal nunca descansa verdadeiramente, mesmo além do véu da morte.
Assim, o Hospital das Cinco Chagas sempre será mais do que apenas um edifício abandonado, mas uma lembrança palpável, onde pecados de tempos pretéritos nunca deixam de acontecer e os fantasmas do passado caminham entre os vivos do presente.
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