Blog dos Espíritos

Pai: o valor do exemplo

05/08/2024 11:01 - por Rosane Sacilotto sacilottorosane @gmai.com

Semente duradoura
Há um ditado popular que diz: “um bom exemplo vale mais que mil palavras”. É através da maneira como vivemos que expressamos nossa forma de ser e pensar. Não adiantam fórmulas maravilhosas de boa conduta se não as vivenciamos no modo como tratamos as pessoas e os fatos que se descortinam em nosso dia a dia, especialmente dentro de nossos lares.

Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier nos instrui: “A sementeira do bom exemplo é a mais duradoura plantação no solo da alma”. O bom exemplo deve marcar a nossa conduta de vida. Assim, influenciamos positivamente as pessoas que nos cercam, colaborando para a formação do bom caráter, para a aquisição de bons hábitos, para a conquista das qualidades morais e para a melhoria da maneira de ser, sentir, pensar e agir.

Com os nossos bons exemplos, evidenciamos a nossa formação e educação moral. Dando bons exemplos de amor, trabalho, honestidade, paciência, alegria, fraternidade e caridade revelamos a nossa condição de homens de bem. Com eles, disseminamos os verdadeiros valores intelectuais e morais e corrigimos ou reparamos as fraquezas, os vícios e as deficiências daqueles que pretendemos transformar em pessoas que fazem bom uso das faculdades mentais, intelectuais, morais, sentimentais e emocionais.

A questão do bom exemplo é tão primordial na nossa conduta, que Allan Kardec registrou no Capítulo X de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “a única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se apoia no bom exemplo”.

Exemplo e modelo de conduta
Cada um oferece à vida o melhor de si mesmo. O trabalhador cria o progresso e o bem-estar; o preguiçoso exemplifica o comodismo; o mentiroso veicula a mentira; o violento demonstra agressividade; o homem de bem exemplifica a bondade e caridade. Ao pai cabe a tarefa de auxiliar seus filhos em sua jornada evolutiva, conduzindo pelo caminho do bem, pois, pautando sua existência terrena na vida digna e correta através dos exemplos de fé, será identificado na família e na coletividade como praticante da verdade, da honestidade, da honradez, da lisura no falar e, principalmente, no agir, ou seja, fiel cumpridor da lei de justiça, de amor e de caridade. 

Os pais são os primeiros modelos de comportamento para os filhos. Eles estão sempre observando tudo ao seu redor, mesmo quando achamos que não estão prestando atenção. Portanto, é fundamental que os pais sejam exemplos vivos dos valores que querem ensinar. Por exemplo, se quiser ensinar sobre a importância da honestidade, deve-se ser honesto em todas as situações, mesmo quando ninguém está olhando. Se quiser ensinar sobre a importância do respeito, deve-se tratar todas as pessoas com respeito, independentemente de sua idade, gênero ou origem.

Transmitir valores aos filhos pode ser um desafio, pois vivemos em uma sociedade com muitas influências externas. A mídia, os amigos e até mesmo a escola podem ter ideias diferentes sobre o que é certo e errado. Por isso, é importante que os pais estejam atentos e sejam firmes na transmissão dos valores familiares. Além disso, é preciso lembrar que cada criança é única e tem sua própria personalidade. Portanto, é importante adaptar a forma de ensinar os valores de acordo com as características individuais de cada filho.

Ensinando valores, educando espíritos
Uma estratégia eficaz para ensinar e reforçar valores no cotidiano familiar é o diálogo aberto e sincero. Conversar com os filhos sobre o que é certo e errado, explicando os motivos por trás de cada valor ajuda a construir uma base sólida. Além disso, é importante criar momentos especiais em família, onde os valores são colocados em prática. Por exemplo, a prática do Evangelho no Lar, convivendo com as lições do Evangelho de Jesus.

O espírito de Thereza de Brito, através do médium Raul Teixeira, na obra “Vereda familiar”, orienta: “Você sabe que ser pai no mundo é honrosa oportunidade com que Deus brinda o homem, com que abençoa a masculinidade, homenageando a sua função cocriadora, ao lado da mulher que se fez mãe pelos vínculos carnais. (...) Você pode e necessita, meu amigo, na condição de genitor, participar desse luminoso esforço, que é o de conduzir ao Criador as almas que lhe foram apresentadas na função de filhos. (...) Mas não se olvide de que todas as suas orientações, palavras e ensinos se esboroarão, ruirão por terra, se você apenas quiser ensinar, sem que viva, nobremente, os ensinos que ministra”.

Trabalho, honestidade, ética, dignidade, dedicação, opção pelo bem, amor e caridade. Virtudes, qualidades e características que todos podemos e devemos conquistar, exercer e transmitir. Aos pais, não esqueçam que sempre é tempo de começar ou de recomeçar, pelo exemplo, e, sobretudo, pelo próprio exemplo. E quando olhar seus filhos crescidos e verificar que as sementes do bem que foram plantadas germinaram, terá a certeza de que cumpriu seu principal papel designado por Deus, nosso Pai maior. Um feliz e abençoado Dia dos Pais, com a proteção de Deus e Jesus.

KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
XAVIER, Francisco C. – Emmanuel. “Palavras de vida eterna”.
TEIXEIRA, Raul – Thereza de Brito. “Vereda familiar”.

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