Ao longo de diversas culturas e continentes, a lenda das mulheres de branco nas estradas é uma das histórias mais contadas e reinterpretadas. Elas aparecem como figuras espectrais, geralmente trajadas com vestidos longos e brancos, simbolizando pureza e tragédia.

A narrativa geralmente gira em torno de acidentes, traições ou amores perdidos, sempre envolvendo finais trágicos que aprisionam suas almas em um estado eterno de luto e busca. Embora suas motivações variem, elas quase sempre são vistas pedindo carona ou vagando por trechos desertos de rodovias, criando uma sensação de mistério e perigo iminente.

Uma das versões mais conhecidas surge da América Latina, onde a "La Llorona" é frequentemente associada a essas aparições. Ela é descrita como uma mulher que perdeu seus filhos em um rio e agora busca suas almas em meio à escuridão. Na Europa, histórias semelhantes ganham contornos góticos, como a "Dama Branca" de castelos ou florestas, que lamenta a perda de um amor ou sua própria morte violenta. No Sudeste Asiático, o fantasma feminino conhecido como "Pontianak" incorpora traços similares, mas com um toque mais agressivo e vingativo.

As histórias dessas mulheres também estão profundamente enraizadas no folclore norte-americano, onde aparecem pedindo carona nas estradas escuras. Uma versão icônica narra o caso de uma jovem que entra no carro de um motorista solitário, conversando com ele até que, misteriosamente, desaparece ao chegar ao destino. Ao investigar, o motorista descobre que a mulher morreu há anos em um acidente naquele mesmo local. Essa versão destaca o elemento de terror psicológico, misturando realidade e sobrenatural.

O impacto dessa lenda vai além do folclore, influenciando a literatura, o cinema e as crenças locais. Filmes de terror e séries de televisão frequentemente reinterpretam essas figuras, amplificando o medo do desconhecido e explorando as narrativas de justiça e arrependimento. Essas assombrações são metáforas para perdas irreparáveis e traumas passados. A universalidade da lenda demonstra sua capacidade de tocar o imaginário coletivo e transcender fronteiras culturais.

O fascínio com as mulheres de branco pode estar ligado ao simbolismo do vestido branco, frequentemente associado a noivas, pureza e rituais de passagem. Quando combinado com tragédias pessoais, o branco adquire uma qualidade assombrosa, representando uma interrupção abrupta da vida e o abandono de sonhos. Além disso, as estradas desertas, com seu isolamento e silêncio, criam o cenário perfeito para encontros com o inexplicável.

Essa é umas lendas mais comuns e famosas do planeta, em épocas de viagens é sempre bom relembrar essa história assustadora. Talvez seja o medo do desconhecido ou a ideia de que certas almas estão destinadas a vagar, presas em seus próprios tormentos. De qualquer forma, ao dirigir por uma estrada deserta, é difícil não pensar na possibilidade de cruzar com uma dessas figuras etéreas e misteriosas.