Blog do Mistério
Tatuagens e mistérios de antigas civilizações
Um pequeno instrumento para esfolar a pele, outro para fazer as vezes de um martelo e um pote com tinta encontrada na natureza para ser despejada sobre as esfoliações. Eram os equipamentos e a técnica utilizados por pessoas que iniciaram na arte de tatuar a pele, que não era exatamente uma arte há milhares de anos.
Se doía? Certamente bem mais do que nos dias atuais, mesmo assim não era raro, apesar de que existem poucas informações sobre a arte primitiva de tatuar, já que o assunto nunca havia sido de muito interesse do mundo científico, o que tem mudado com o passar dos anos.
A técnica primitiva de tatuagem envolvia rituais enigmáticos e misteriosos, realizados por membros especializados de determinadas comunidades. Há relatos de práticas semelhantes entre indonésios, egípcios, vikings e até mesmo esquimós. As cerimônias, muitas vezes realizadas em segredo, visavam dotar as tatuagens de um significado mais profundo e místico.
O processo intricado, utilizando métodos ancestrais de pigmentação da pele, era repleto de mistério, proporcionando não apenas uma expressão artística, mas também servindo como uma conexão enigmática com crenças religiosas, rituais de cura ou até mesmo proteção espiritual.
Ainda há em alguns cantos do planeta, nos lugares mais remotos, pessoas que mantém a tradição milenar e que ultimamente têm viralizado nas redes sociais, despertando interesse pelos antigos rituais e seus mistérios.
Mas quão antiga é esta arte? Uma pergunta sem resposta. Estimam os arqueólogos que pode datar de até 4.000 anos antes de Cristo. Um bom exemplo é a famosa múmia Ötzi, conhecido como o Homem de Gelo, que viveu há mais de cinco mil anos. A história de sua descoberta é bem famosa, o que pouco se sabia é que a múmia está adornada por 61 tatuagens. Essas marcas, preservadas pelo clima glacial, têm intrigado os pesquisadores, desencadeando teorias sobre seu significado.
Enquanto algumas tatuagens de Ötzi foram localizadas em áreas propensas ao desgaste nas articulações, indicando possíveis tratamentos ancestrais para a dor, outras, como as presentes em seu peito, são absolutos mistérios. Novas técnicas de diagnóstico por imagem, utilizadas em 2015, suscitaram teorias variadas, desde práticas ancestrais de acupuntura até rituais cerimoniais de cura ou crenças religiosas.
O enigma das tatuagens de Ötzi e dos povos primitivos nos remete a práticas antigas, e se torna um elo misterioso entre o passado e o presente, lembrando-nos de que tatuagens não são oriundas de rebeldes dos anos 70 e nem modinha de agora. O significado exato das tatuagens de Ötzi e dos habitantes de lugares remotos, entretanto, permanecerá, pelo menos parcialmente, um mistério perdido no tempo.
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Tatuagens e sua origem
Daniel Falkenberg em 16/02/2024 às 12h45E eu que achava que as tatuagens eram oriundas dos antigos piratas europeus... Muito interessante o artigo da Gisele. Parabéns à autora!
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