Blog do Mistério
Uma Lenda Urbana Brasileira
Em mês de Halloween, o Folclore Celta toma conta do Planeta Terra, mas bem aqui, em terras tupiniquins, também temos nossas lendas e elas são bem macabras. A do Bebê-Diabo chegou a ser veiculada em um jornal paulistano. Hoje, 49 anos mais tarde, há quem diga que tudo não passou de fake news e sensacionalismo, mas ainda há quem investigue a história. O fato é que, depois que surge, uma lenda não desaparecesse nunca mais.
Tudo aconteceu assim…
Na noite abafada de um verão de 1975, uma mulher deu à luz em um hospital em São Bernardo do Campo, mas o que estava em seus braços não era um bebê comum. Aquele ser tinha olhos vermelhos, pequenas protuberâncias em sua testa, o corpo coberto de pelos e uma cauda. Dizem que já nasceu falando, ameaçando a própria mãe e os médicos.
O hospital foi rapidamente tomado pelo pânico. O bebê furava travesseiros com os chifres, ameaçava enfermeiras e fugiu do hospital com apenas um dia de vida, saltando da janela do terceiro andar.
Rumores começaram a circular pela cidade junto ao medo da coisa maldita. Uma caçada ao bebê foi declarada, que incluiu o próprio Zé do Caixão em carne em osso, mas ninguém nunca achou nada. Em seguida foi anunciado que o bebê fugiu para o nordeste.
Tudo resolvido então? O jornal inventou a história para sua tiragem dobrar em alguns dias? Bem, havia explicações. A causa do nascimento seria a própria mãe ter feito tanto escárnio e maldizer ao filho ainda em seu útero que este nascera exatamente como ela profetizara; o pai era um homem calado, morador do interior, que jamais tirava o chapéu da cabeça; médicos entrevistados afirmaram que de fato houve um nascimento anormal, mas tudo não passava de uma má-formação da criança, que teria sido corrigida com uma cirurgia. Estas explicações levaram o público praticamente a uma histeria coletiva. Cada um tinha sua própria versão e relatos de fatos sinistros no ABC paulista não paravam de acontecer.
Até hoje, a lenda do Bebê-diabo é recontada e reescrita, passando de geração em geração. Dizem que ele nunca foi capturado, e que continua a vagar nas noites mais escuras, buscando aqueles que ousam atravessar seu caminho. Seja verdade ou não, sempre há quem acredite na história horrenda da criança que ano que vem completará 50 anos.
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