Blog do Mistério
Uma estranha decoração
É bem o que você está pensando leitor, o post de hoje trata de igrejas decoradas com ossos humanos. Pode ser chocante para alguns e artístico para outros, mas nos tempos antigos, decorar lugares sagrados com ossos humanos não era uma prática incomum. As razões são várias, o efeito é sempre o mesmo.
A Europa ainda guarda estes ornamentos e são destinos muito procurados por turista do mundo todo. Em algumas igrejas, de várias cidades, ossos revestem as paredes com uma macabra beleza.
Na Polônia, a Capela dos Crânios de Czermna é um memorial de epidemias e guerras, seus crânios observando os vivos.
Em Hallstatt, Áustria, crânios decorados com flores trazem uma estranha paz aos que ousam entrar. Palmas para este artista.
Já em Évora, Portugal, a famosa Capela dos Ossos exibe uma mensagem sinistra na entrada: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Conheço várias pessoas que jamais entrariam.
E na República Tcheca, a Capela de Sedlec revela um mórbido luxo, com lustres feitos de ossos.
A Itália não fica atrás com sua Cripta dos Capuchinhos, onde monges descansam com seus ossos organizados em formas ornamentais.
Em Wamba, Espanha, um ossuário medieval guarda mais mortos do que a pequena cidade, sugerindo que, talvez, haja algo além dos túmulos, esperando, silencioso, pela visita de quem não teme o inevitável.
Esses lugares sombrios evocam um paradoxo fascinante: um espaço de veneração e arte, feito de ossos humanos, onde a morte não é mais algo oculto, mas escancarado, transformado em decoração. Sob os crânios ornamentados, o tempo para, e a fragilidade da vida ganha uma estranha eternidade. Essas capelas são tanto obras de arte quanto lembretes pungentes da mortalidade, onde o tempo se curva ao poder da morte, e os vivos contemplam o destino final de todos nós. E você, leitor, se incomoda com a decoração realista?
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