Despesa com as horas trabalhadas a mais ocorre porque as sessões ordinárias são à noite, nas segundas-feiras

Câmara gastou perto de R$ 117 mil com horas-extras em 2015

21/02/2016 19:48

DESPERDÍCIO

 Diferentemente da Assembleia gaúcha, onde as sessões ordinárias são realizadas na parte da tarde - às terças, quartas e quintas-feiras -, com início às 14h, na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul o plenário se reúne no turno da noite, às segundas-feiras, a partir das 20h.

Isto permite não apenas que os vereadores possam desenvolver livremente outras atividades profissionais em horário comercial, como também faz com que os funcionários efetivos engordem ainda mais os seus já inchados salários, fruto de sucessivos aumentos acima da inflação entre 2003 e 2013, período que rendeu à Câmara o apelido de Trenzinho da Alegria.

Conforme relatório que a Câmara encaminhou ao Jornal do Povo via solicitação da empresa com base na Lei do Acesso à Informação (LAI), o Legislativo municipal gastou R$ 116.774,44 em horas extras durante o ano de 2015.

Destes, R$ 75.2281,50 foram só para os servidores que trabalham nas sessões plenárias.

Se as sessões ordinárias acontecessem toda segunda-feira à tarde, por exemplo, a partir das 14h, acabaria a necessidade de boa parte das horas-extras que são pagas para os servidores de carreira que trabalham fora do horário normal de expediente.

SESSÕES PROLONGADAS - Sete dos 15 servidores concursados da Câmara sempre acompanham as sessões, que ultimamente têm sido mais longas e se estendido até o início da madrugada, depois que o número de parlamentares subiu de 10 para 15, em 2012. Em 2015 houve 55 sessões ordinárias.

Além das sessões da Câmara, as horas extras dos servidores da casa são feitas em sábados e domingos, quando o plenário é emprestado para terceiros. Eventos, seminários e reuniões ocorrem com frequência na Câmara, gerando horas-extras.

O cálculo das horas-extras dos servidores da Câmara considera a soma do salário básico deles (incluindo os avanços salariais a cada cinco anos trabalhados) e os triênios (plus de 5% a cada três anos de serviço). Como a maioria dos funcionários que faz horas extras na Câmara tem pelo menos 15 anos de serviço, o valor do adicional pelo trabalho fora do expediente é mais alto por conta do salário vitaminado.
 

Presidente é contra mudança de turno

Mesmo diante da expressiva economia para os cofres públicos que aconteceria caso as sessões fossem transferidas para o turno da tarde, o atual presidente do Legislativo municipal, vereador Homero Tatsch (PSDB), que também é empresário, disse que é contra.

"Vereança não é emprego, o cargo de vereador é um cargo político caracterizado pela transitoriedade, devendo quem os titula manter sua atividade profissional regular, ademais esta alteração afastaria candidatos a vereador que possuem atividade profissional regular de representar a sociedade como edis".

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Desperdício!

Renate Elisabeth Schmidt em 24/02/2016 às 22h12

Com 1/4 deste valor poderia ter sido construído um anexo ao MM para que servisse de nova Reserva Técnica.

Pois então

EVANIR JACOBI em 23/02/2016 às 11h03

Concordo com o presidente do Legislativo: "Vereança não é emprego...". Nobre edil, então presidente, não é emprego , mas se sabes que não é emprego, nem seu e nem de outros edis, porquê receberem pelo trabalho? A política no Brasil está apodrecendo, seja de uma forma ou de outra e em todos os partidos. Não há mais a seriedade que tínhamos alguns anos atrás, no conjunto de políticos. Casos isolados aqui e acolá ainda se salvam, ou tentam...pois são engolidos pelo sistema sujo, arcaico e desolador ao qual se encontram.

Endosso ou não dos demais leitores

Renate Elisabeth Schmidt em 23/02/2016 às 08h35

Mais uma vez sugiro ao grupo GVC que estude a possibilidade de adicionar ao programa a possibilidade de dar um positivo ou um negativo ao comentário posto e ainda possibilitando o recurso do chamado "replay". Querem ser modernos? Isto é moderno. O sistema aqui está ultrapassado.

LÁ & CÁ

João Orlando dos Santos em 23/02/2016 às 08h33

"TESOURADA NO SALÁRIO/ ZH 23.02.2016 Sem receber salário desde 2013, quando abriu mão de seus vencimentos, o prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst (PP), sugeriu ontem aos vereadores projeto de lei que reduz pela metade o subsídio do prefeito, de R$ 30,5 mil para R$ 16 mil. Em um ofício encaminhado à Câmara, o prefeito propôs também a redução do salário do vice e dos secretários. Telmo Kirst foi deputado federal por 24 anos (1979-2003) e recebe aposentadoria do Congresso desde o fim do mandato em Brasília." Enquanto isso acontece na rica e próspera Sta Cruz do Sul, na pobre Cachoeira do atraso o presidente do Legislativo municipal diz que "vereança não é emprego é um cargo político caracterizado pela transitoriedade,devendo os titulares manter sua atividade profissional" Embora toda a sociedade saiba que a maioria dos vereadores em sua atividade profissional não percebam o salário de R$4.l59,00 mensais com direito a assessoria e diárias. Ou seja ao contrário do que diz o presidente Homero Tatsch, são sim profissionais da política. Por estas e outras tantas é que Sta Cruz se agiganta cada vez mais e Cachoeira cresce igual a cola de cavalo.

DEVIA SER VOTADO,,

Regis Moraes em 23/02/2016 às 08h09

Urgentemente um REFERENDO para saber se a populacao realmente quer manter as chamadas CAMARAS DE VEREADORES. Um pais so tem a ganhar com a reducao do numero de POLITICOS.EXEMPLOS; mais sete milhoes do contribuinte ( ANUAIS SO COM A CAMARA DE VEREADORES ) que irao ficar nos cofres publicos ,que podera ser gasto em ; SAUDE,EDUCACAO,SEGURANCA PUBLICA etc,etc. E depois a extincao do chamado ;SENADO FEDERAL seria outra grande economia dos combalidos cofres publicos e a seguir a reducao do numero dos chamados ;DEPUTADOS FEDERAIS e ESTADUAIS em 50% dai sim estaremos em um bom caminho para levarmos o BANANAL terceiro mundista ao primeiro mundo ,se bem que eu nao acredito que um dia sequer chegaremos perto do primeiro mundo ,devido a predisposicao genetica do povo Brasileiro a serem terceiro mundistas,,A nossa heranca cultura nao deixaria.

horas extras da camara

José Luiz de Oliveira Pedroso em 23/02/2016 às 00h53

Me desculpa presidente Homero achei que tu era mais sério, se vereador realmente não é emprego, então não pode ter salário, além de só atrapalharem ainda engordam cada vez mais os integrantes do trem da alegria, é vergonhoso ter esta sangria em nosso dinheiro, uma decepção cada vez maior, temos que fazer uma faxina geral , vamos eleger pessoas realmente interessadas no bem estar da cidade, eleitores solicito vossa atenção no próximo pleito, deve ter alguém mais sério que estes que estão ai.

Quer ver vereador trabalhar ...

Alfredo Gehrke em 22/02/2016 às 22h41

Vou usar de outra estratégia (custou mas aprendi), não o REELEJA, assim ele poderá ver que horas- extras só se faz quando necessário e que salário, vale refeição, férias ,vale transporte o trabalhador conquista. Gostou?

Decepção

Paulo Sanmartin em 22/02/2016 às 11h06

O vereador Homero decepciona seus eleitores, parece que já foi mordido pelo mau mosquito político. Quando a gente acha que o salário é demasiado, eles dizem que trabalham durante o dia!Quando se sugere reuniões durante o dia, aí não pode porque trabalham em sua profissão. Tamo mal! Vou sugerir: mudem o horário de trabalho dos funcionários que precisam trabalhar durante as sessões. Passa a ser apenas tarde e noite, libera de manhã. Igual pouco produzem! Ou também não dá?

BAH! NÃO DÁ PARA ACREDITAR!

Lecino Ferreira em 22/02/2016 às 08h41

Inoperância fazendo horas extras? A cidade de Cachoeira do Sul-RS entregue às moscas e esses morcegões sanguessugas tirando ainda mais do pouco que tem? Temos que acabar com essa farra com o erário e temos que começar pelas Prefeituras. "Na realidade, as Prefeituras pelo Brasil afora, não passam de pré-escolar para futuros usurpador do dinheiro público." - Ele Efe Silva (Repórter da Folha de Vitrutuália, que com essa frase ganhou o M.E.R.D.A (*)- prêmio maior no Vale Virtualiano do Rio do Peixe, categoria jornalequismo). (*) Merecido,Emérito e Reconhecimento Dado a Alguém)

horas extras na camara

Jose Gladimir Lopes em 21/02/2016 às 21h12

a declaraçao do presidente espelha a real situaçao da politica brasileira, para eles a sua atividade profissional nao pode ser atrapalhada pela policita, ou seja la na camara é bico para engrossar salarios, salarios esses ,que acho até que mais de 70 % da populaçao brasileira nao granha o mensao do vereador nem em seis meses de trabalho diario. na verdade com esse salarios teriam que cumprir horario de 8 horas diarias até no sabado e domingo. mas sempre digo a todos eles estao la porque o povo votou e colocou eles la. ninguem se elege sem seu voto. Eu mesmo faz varios anos que nao voto em ninguem , anulo e pronto, sei que nao ajudo em nada com isso, mas pelo menos nao tenho peso na conciencia de colocar alguem e ver esse tipo de declaraçao e atitude.

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