Meninas do Broto já entraram em ação para ajudar a família da diarista Valéria Costa
Diarista sofreu AVC e teve seu barraco destruído
A CASA CAIU
Enquanto recuperava-se de um acidente vascular cerebral (AVC) que a deixou com sequelas, a diarista Valéria Costa, 39 anos, vivenciou mais momentos de tristeza, desta vez não por questões de saúde, mas da precária infraestrutura de seu barraco, que parcialmente veio abaixo durante uma tempestade ocorrida há cerca de um mês.
Moradora da Rua Felipe Moser, no Bairro Ponche Verde, Valéria viu sua cozinha ser destruída pelo vendaval e está com o fogão e os armários ao relento. "Graças a Deus que ninguém ficou ferido. Quando ouvimos os estrondos achamos que algo pior ia acontecer", destaca Valéria.
Mãe de 13 filhos com idades variando entre 22 anos e 1 ano e meio, a diarista divide um barraco de cerca de 20 metros quadrados e único cômodo com o marido, que trabalha como serviços gerais, e seis crianças. Dois de seus filhos são casados e não moram mais com ela, assim como uma adolescente, que reside com o pai em Porto Alegre. Os outros quatro filhos dormem no barraco da vó, no mesmo pátio da casa de Valéria.
A família vive sem luz e o banheiro é uma patente no fundo do terreno. O esgoto corre a céu aberto no pátio onde as crianças divertem-se com os únicos brinquedos que têm: duas bonecas e uma bola.
Valéria ressalta que a Justiça, há cerca de um ano, deu prazo de 20 dias para que a Prefeitura providenciasse uma casa para sua família, mas que até agora nada foi feito. Além da renda do marido, que recentemente conseguiu serviço para todos os dias em uma lavoura, Valéria conta com o auxílio
financeiro do programa Bolsa Família. "Somos 12 pessoas para comer e ainda tem o material escolar das crianças, a conta da água, os remédios... O nosso dinheiro não dá nem para a comida. Tem dias em que não temos o que comer e acabamos tendo que pedir nas ruas", relata.
Impossibilitada de trabalhar por causa da sequela do AVC que a deixou com o lado esquerdo do corpo parcialmente paralisado, Valéria planeja reerguer sua casa para dar uma vida mais digna aos filhos.
Sensibilizada com a história da diarista, a corte do Broto Cachoeira do Sul e sua legião de voluntários está abrindo uma campanha comunitária para arrecadar material de construção, alimentos, brinquedos e material escolar para a família de Valéria Costa.
"Nossa meta é fazer uma casa de alvenaria para esta família", frisa o Broto Isadora Aued. Após conseguir o material de construção os brotos buscarão voluntários para um mutirão para construção da casa. "E depois a campanha será de móveis", antecipa Isadora.
Quem quiser ajudar pode entrar em contrato diretamente com a diarista pelo telefone 9 9841-1164, entregar os donativos na Rua Felipe Moser, ao lado do número 424, ou telefonar para 9 9772-2182.
ENERGIA ELÉTRICA
A família de Valéria mora há 24 anos no mesmo local e nunca conseguiu ligação de energia elétrica porque o terreno pertence a um irmão da ex-sogra de Valéria. Ele mora em Santa Catarina e deixou a família construir no terreno.
Como ele nunca mais veio a Cachoeira e nem teria condições financeiras para arcar com os custos da viagem, ele não consegue autorizar a ligação da luz, o que teoriacamente só pode ser feito pelo proprietário da área.
LISTA
Com que ajudar a família
. Material de construção como tijolos, abertura, cimento, piso, tinta, encanamentos, louça para banheiro, amadeiramento e telhas.
. Brinquedos
. Alimentos
. Material escolar
. Mão de obra para a construção da casa
. Roupas infantis femininas e masculinas dos tamanhos 2 ao 16
. Fraldas descartáveis tamanho grande
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Livre arbítrio, ou orientação?
Paulo Sérgio Pereira em 18/12/2017 às 17h59Livre arbítrio sem educação, resulta neste quadro trágico. O poder público precisa chegar antes deste quadro acontecer. A cada filho que esta senhora trouxe ao mundo (a matéria diz serem 13 filhos), a Assistência Social fazia o que mesmo? Planejamento familiar, esta é a solução.
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Evaldo da Silveira Castro em 18/12/2017 às 17h18O QUE ME CHAMA A ATENÇÃO É QUE SEGUNDO A REPORTAGEM A JUSTIÇA DEU PRAZO DE 20 DIAS PARA A SOLUÇÃO DA MORADIA, E AI QUEM RESPONDE POR ESSA FALTA. E O QUE A JUSTIÇA ESTÁ FAZENDO NO CASO.
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