Entidades empresariais defendem que o município se habilite a receber investimento orçado em R$ 60 milhões

Ghignatti diz que não quer entrar na briga por penitenciária federal

16/04/2017 19:54

SISTEMA PRISIONAL

preso utiliza sistema de auto-atendimento para pesquisa de processos

O presidente da Câmara de Agronegócio, Comércio e Indústria (Cacisc) Paulo Alex Falcão vai insistir, mas o prefeito Sérgio Ghignatti já adiantou que não quer entrar na briga por uma penitenciária federal em Cachoeira do Sul, junto com outros sete municípios gaúchos que formalizaram o interesse.

GG diz que, após analisar todos os prós e contras, decidiu que não irá entrar nessa concorrência porque está focado em outros projetos que julga serem mais interessantes para a cidade, como a implantação de uma escola técnica federal, possibilidade que foi acenada pelo ministro da Educação Mendonça Filho, na última ida do prefeito a Brasília.

Há duas semanas, durante reunião almoço do projeto Cacisc ao Meio-dia, Falcão manifestou o interesse do empresariado da cidade ao Secretário de Segurança Pública do RS Cézar Schirmer em colocar a cidade no páreo, junto com outros sete municípios gaúchos. Schirmer orientou que, para tanto, o prefeito Sérgio Ghignatti deveria formalizar o interesse por meio de um ofício.

O assunto terminou esquecido e documento não chegou a ser enviado, uma vez que nesse meio tempo a cidade de Charqueadas - que já possui um complexo de casas prisionais estaduais -, foi anunciada como vencedora da disputa para receber o investimento federal. Contudo, o futuro local da penitenciária federal ainda está incerto.

DISPUTA REABERTA

Na semana passada, houve uma reviravolta na escolha da cidade gaúcha que abrigará a penitenciária federal anunciada para o Estado no início de janeiro pelo Governo Federal, reabrindo a disputa entre os municípios gaúchos que desejam contar com o investimento, pensando na injeção de recursos econômicos que a medida proporcionaria.

A área indicada pelo governo do Estado no município de Charqueadas apresenta problemas, de acordo com avaliação de técnicos do Ministério da Justiça, que pediram alternativas. Por conta disso, a Secretaria da Segurança Pública voltou a cogitar outros municípios como possíveis sedes para a prisão. A preferência do governo estadual é a Região Metropolitana, mas as áreas são escassas e caras, o que contaria a favor dos municípios do interior.

A obra está orçada em R$ 60 milhões, e terá capacidade para abrigar 210 presos, com previsão de gerar 200 empregos nos dois primeiros anos até a finalização da construção, e até 600 empregos diretos na administração da penitenciária federal. Entre as exigências impostas pelo governo federal, está a disponibilidade de uma área de 25 hectares, já plana e de fácil acesso a um aeroporto.

Na região de Cachoeira do Sul, o município que abraçou a causa com maior entusiasmo foi São Sepé, onde o aeroporto mais próximo fica em Santa Maria. Outros municípios que estão na briga são: Alegrete, Gravataí, Frederico Westphalen, Cachoeirinha, Vacaria, além de Charqueadas, que ainda não está descartada.
 

Por que os empresários querem a penitenciária?

Quem procurou o secretário Cezar Schirmer foi o presidente da Cacisc, Paulo Alex Falcão. Ele garante que a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) estão fechados com a Cacisc pela vinda da penitenciária federal, por conta dos benefícios financeiros que o investimento proporcionaria ao comércio local.

"Na nossa cidade, temos 18 mil pessoas com carteira assinada. Um incremento de 600 funcionários nessa economia, e com média salarial acima dos padrões do município, já que os agentes seriam do quadro federal, seria muito significativo. Nós não podemos desprezar esse aumento de potenciais consumidores na cidade", defende o presidente da entidade, Paulo Falcão.

Depois da audiência da entidade com o secretário de Segurança, Cézar Schirmer, o assunto foi levado ao prefeito que, para que ele enviasse a carta de intenções ao Governo do Estado. A área indicada seria de 24 hectares no distrito de Três Vendas, que sobrou do antigo Patronato Agrícola, o restante foi doado pelo município à Uergs/Cachoeira.

REJEIÇÃO

Há duas semanas, Paulo Falcão argumentou a GG que a Prefeitura teria de arcar com a rejeição pública no caso de não querer entrar na concorrência pela penitenciária federal, que representa um investimento de R$ 60 milhões e geração de empregos.

No entanto, já naquela ocasião, Falcão disse que o prefeito teria dado a entender que está irredutível. "Ele me falou que não se importava em lidar com a rejeição, e que iria analisar mais a fundo as possíveis vantagens, mas a princípio já estava decidido pelo não. Mesmo assim vamos insistir com ele, por acreditar que Cachoeira do Sul não pode se dar ao luxo de não tentar buscar um investimento dessa monta", avalia o presidente da Cacisc.

Ele acrescenta que além dos empregos diretos gerados na obra e na administração da futura casa carcerária, e do incremento no comércio da região, também haveria benefícios para empresas terceirizadas, eventualmente contratadas para fornecer alimentação e serviços, entre outros. 

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TSC...TSC...TSC...

Lecino Ferreira em 17/04/2017 às 14h03

Na atual crise ética /moral/financeira e econômica; com 13.171.171de brasileiros desempregados REJEITAR um investimento dessa monta é no mínimo inconseqüente. Custo a acreditar que pessoas pensem que criação de uma penitenciária FEDERAL vai aumentar o índice de criminalidade no município. Em Juiz de Fora-MG temos duas penitenciárias e um centro de triagem - todos Estaduais-, e, vocês não imaginam como tem gente que se sustenta em torno disso. Lastimável!

Decisão correta

Rosalvo Lourenço em 17/04/2017 às 09h32

Com a estrutura das leis de proteção aos bandidos, uma penitenciária em Cachoeira é totalmente inviável.

Boa GG

José do Nascimento em 17/04/2017 às 08h22

os riscos são imensos, vejam o que aconteceu com o Rio Grande do Norte, era um estado pacato até a transferência dos líderes do Pcc e outros... Muito obrigado prefeito.

O prefeito esta corretissimo

Roberta Stracke em 16/04/2017 às 21h35

Temos que pensar na vinda de universidades e cursos para Cachoeira! Com a penitenciaria a criminalidade em Cachoeira pode aumentar...

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