Lucro de R$ 75 milhões em 2015 ajudou a elevar em 15% o percentual de retorno para o próximo ano
Granol desponta na liderança do ranking do ICMS
AUMENTO DO ICMS
Coincidência ou não, depois de ser enquadrada pela agência da Fazenda estadual no final de 2014 com uma multa por ter informado dados incorretos, a gigante Granol despontou novamente na ponta do ranking do Valor Adicionado Fiscal (VAF).
Em 2015, que é o ano base para o cálculo do retorno de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no próximo ano, a gigante das oleaginosas registrou faturamento de R$ 75 milhões, ficando com boa margem na frente da segunda colocada, a Screw com R$ 25 milhões.
Os dados são mantidos em sigilo pelo prefeito Neiron Viegas, no entanto a reportagem do Jornal do Povo conseguiu ter acesso aos dois primeiros do ranking quando ele mostrou o documento a um grupo de empresários, na manhã desta quarta-feira. Na terceira colocação vem a empresa Lider Tratores, que não teve o valor dos lucros identificado.
O VAF é um indicador econômico-contábil utilizado pelo Estado para calcular o índice de participação municipal no repasse de receita do ICMS aos municípios. É apurado pela Secretaria de Estado da Fazenda, com base em declarações anuais apresentadas pelas empresas estabelecidas nos respectivos municípios.
TESE REFORÇADA
A vertiginosa retomada da Granol na liderança, depois de três anos cedendo o posto para a Screw, reforça a tese do empresariado local de que a Granol estava recebendo a soja, esmagando para fazer o biodiesel e depois transferindo para outras filial, na região norte do país, para comercializar com tributação menor.
Com isto, o produto era transferido com pequenas margens de diferença nas notas, o que estava gerando um VAF abaixo do valor agregado na realidade.
Desde sua inauguração, em 2008, até 2011, a Granol sempre liderou o ranking do Valor Adicionado Fiscal (VAF). Já no triênio 2012/2014 a movimentação comercial do grupo Granol/Grandiesel em Cachoeira do Sul entrou em queda e acabou sumindo da lista em 2014.
O ranking do VAF reflete o valor agregado aos produtos pelas empresas. O VAF é o componente de maior peso - 75% - no cálculo para formação do índice do ICMS que o Estado repassa como retorno a cada Município.
Retorno de ICMS vai aumentar em 15% em 2017
O bom desempenho das empresas ajudou a elevar o percentual de retorno do ICMS para Cachoeira do Sul em 2017, que é uma das principais fontes de receita da Prefeitura.
O prefeito Neiron Viegas estima que no primeiro ano do futuro governo de Sérgio Ghignatti haverá um incremento de aproximadamente 15%.
Em 2016 a estimativa de retorno de ICMS foi calculada em R$ 40,707 milhões (R$ 31,550 milhões já realizados até outubro), portanto no ano que vem o retorno do imposto deverá chegar a cerca de R$ 46,813 milhões.
Portanto, GG terá cerca de R$ 6,106 milhões a mais, dinheiro que, por exemplo, serviria para a abertura da UPA, uma de suas principais promessas de campanha.
Segundo a secretária da Fazenda, Cristina Mór, o coeficiente para o cálculo do retorno do ICMS em 2017 será o maior dos últimos anos: 0,534711%, do bolo arrecadado pelo Estado. Em 2016, foi de 0,523304%, e em 2015, foi de 0,526382%.
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Hélio
Paulo Sanmartin em 11/11/2016 às 16h01Esclarecendo melhor: mesmo a empresa pagando seus impostos de maneira correta, ela deve estar transferindo seu produto para outra unidade da federação por um "valor de transferência" que ela arbitra como quiser, pois esta operação não é tributada. O imposto sempre será pago lá, mas o "valor adicionado" poderia muito bem ficar aqui se o preço de transferência fosse simplesmente lançado a maior. A isto chamei de "evasão burocrática" (de valor adicionado, não de imposto) e acho que agora você concorda comigo. Estão recuperando cerca de 6 milhões por ano, mas a "evasão burocrática" deve ser de uns 30 milhões por ano. Pena que o Hilton não ganhou, estes aí não vão conseguir resolver (como não resolveram em oito anos, GG e Neiron).
Equívoco?
Hélio Deporte Neto em 11/11/2016 às 14h32Tá bom! Uma empresa que tá começando agora. Entendo. Mas "evasão burocrática"?! Aí doeu!
Segredo do Prefeito e do Jornal
Alex Zanotelli em 11/11/2016 às 14h25Enquanto a maioria das prefeituras divulgam até as 100 maiores empresas da cidade, em Cachoeira estes dados são sigilo, mas o jornal conseguiu os 2 primeiros, como? Não podem divulgar as outras também?
CLAREANDO A NOTÍCIA
Paulo Sanmartin em 11/11/2016 às 13h59Hélio, não se tratava de sonegação nem corrupção. Simplesmente uma maneira equivocada e fazer os trâmites burocráticos. Alessandro, está equivocado o repórter, o faturamento da Granol ultrapassa um bilhão de reais por ano. 75 milhões é o valor adicionado informado. Valor adicionado é o lucro bruto da conta "mercadorias". Amigos, quando o Jornal do Povo fala na "tese do empresariado local" deveria dizer por justiça "tese do empresário Paulo Sanmartin", pois é este colunista do Jornal do Povo que sempre levantou esta tese por seu conhecimento do assunto e intuição. De fato, faz muitos anos que alerto as autoridades municipais para este assunto importantíssimo. Finalizando: estes 75 milhões de valor adicionado são merreca, ainda deve estar havendo algum tipo de evasão burocrática, um faturamento de 1 bilhão deve render um valor adicionado de, pelo menos, 400 milhões. Isto sim faria a diferença e atrás disto é que o Hilton de Franceschi iria correr, se eleito. Como a gente precisava um administrador na prefeitura!!!
O que?
Hélio Deporte Neto em 11/11/2016 às 10h34A Granol, uma empresa privada, sonegando imposto? Nossa, que surpresa. Quem diria né?! Isso não é corrupção?
Faturamento ou lucro???
Alessandro Vieira Rosa em 11/11/2016 às 09h22Afinal foi faturamento de 75 milhoes ou lucro de 75 milhoes????
GRANOL
João Orlando dos Santos em 10/11/2016 às 23h48O fato acima noticiado é dúbio, falam em faturamento de R$ 75 milhões e também em lucro de R$ 75 milhões, indigno de qualquer credibilidade. Nos idos tempos da Centralsul o recebimento de grãos ultrapassava as 6 milhões de sacas que com os valores de hoje ultrapassaria os R$ 350 milhões de faturamento, com R$ 75 milhões de faturamento a Granol não sobrevive, ou está sonegando valores de faturamento da receita estadual do RS ou está em situação falimentar como se comenta a lo largo com a demissão de funcionários e com a falta de liquidez nos pagamentos dos prestadores de serviços local. Isto é muito ruim para Cachoeira do Sul, pois sem o retorno de ICM'S da Granol a todo vapor, no próximo ano a prefeitura sequer vai conseguir pagar a folha de pagamento do funcionalismo. Como também é muito ruim para o agronegócio local o sumiço das D20 e F1000 da Agropecuária Grendene, cantada em verso e prosa pelo JP como o sr. Josias Grendene sendo um um megainvestidor do agronegócio local e um apaixonado por Cachoeira do Sul. Está cidade sempre teve uma extraordinária propensão para acreditar nas aparências, aqui o o importante não é ser é aparentar ser. Quantas vezes foram enganados no passado, e infelimente isto não serviu de lição, o Kojak deve estar rindo dos otários no inferno.
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