Uma das moças relata ainda ter sido vítima de agressão
Gueis expulsas da boate Casanova querem indenização
COLOCADAS PARA A RUA
Estudante de curso técnico em Enfermagem, a jovem Camila Gabriela Jacques da Silva, 22 anos, acionou a Polícia Civil e a Justiça após ter sido colocada para fora de uma festa na boate Casanova, o popular Casão.
Além do constrangimento pelo qual teria passado no estabelecimento, ela diz ter sido vítima de agressão física e acredita que o motivo seja sua homossexualidade. “É puro preconceito”, lamenta.
Camila relata que estava dançando com sua namorada e com outro casal homossexual quando foi chamada por um segurança da boate para uma sala.
Ela e sua namorada acompanharam o homem, mas próxima da porta, a jovem disse que já tinha conhecimento do que ele queria e resistiu para entrar na sala.
“Eu falei que sabia que era para nós nos retirarmos da boate e ele respondeu que comigo não tinha mesmo conversa e já foi me puxando pelo braço”, conta Camila.
Conforme a jovem, o segurança, sempre lhe segurando pelo braço, a levou até a porta da boate, de onde Camila e sua namorada foram direto para a Polícia Civil registrar o caso.
Apresentando marcas arroxadas no braço, a estudante foi submetida a exame de corpo de delito, que detecta lesões causadas após agressões físicas. Feito na madrugada do último dia 7, o resultado do exame ainda não chegou para a Polícia Civil.
Camila também contratou o advogado Pablo Raphael Castro Severo em busca de indenização pelo ocorrido na boate.
“Eu nunca mais quer ir no Casanova, mas estou em busca dos meus direitos como cidadã”, destaca a jovem sobre a ação judicial em que pede indenização por danos morais.
“Sem motivo algum fui exposta ao ridículo em uma boate lotada. O pessoal parou para ver o segurança me abordando como se eu fosse uma criminosa”, frisa.
Esta foi a segunda vez que a jovem relata ter ido ao Casão. No ano passado, também com sua namorada, Camila destaca que já tinha sido colocada para fora do estabelecimento, mas sem agressão física.
“Agora chega. Já tentei duas vezes e fui maltratada no Casanova. Nunca mais quero voltar lá”, ressalta Camila.
A jovem acrescenta que seguirá divertindo-se em festas na boate Hype, onde ela e sua namorada recebem o “mesmo tratamento que casais heterossexuais, sem discriminação alguma”.
Já são pelo menos dois casos
Sasha: comerciária foi colocada para fora após beijar namorada na pista de dança
O advogado contratado pela estudante Camila Gabriela Jacques da Silva para buscar indenização da boate Casanova, Pablo Severo, já cuida de outra ação judicial envolvendo a expulsão de um casal guei da boate, mas sem agressão física. Ele desconhece, na cidade, alguma outra ação do tipo.
O outro processo movido contra a boate é o da comerciária Sasha Tainara dos Santos, 18 anos.
O caso ocorreu em outubro do ano passado, quando, após um beijo na boca na pista de dança do Casão, ela e sua namorada foram levadas para a rua por um segurança do estabelecimento.
O homem, conforme Sasha, solicitou que ela nunca mais voltasse à boate, o que foi atendido pela jovem.
“Foi a primeira e a única vez que fui no Casão. Gostaria de voltar lá, de fazer festa com a minha namorada numa boa, sem ser constrangida”, ressalta a comerciária.
Ela espera, além de receber indenização em dinheiro, que a Justiça determine que ela frequente o Casão sem o risco de ser importunada.
Sasha deseja também que a Justiça, como punição, impeça o Casanova de abrir as portas pelo menos durante um final de semana. A ação tramita no Fórum de Cachoeira do Sul e está em fase de apresentação de defesa.
Direção fala em atitudes incovenientes
“O Casanova sempre foi frequentado pelos mais variados públicos, independentemente de cor, opção sexual, religião... E todos são sempre bem-vindos”.
É com esta declaração que o comando da boate Casanova frisa que discriminação passa longe do estabelecimento.
Conforme a direção da boate, nos casos das jovem que acionaram a Justiça contra o Casanova, elas estariam tendo atitudes inconvenientes dentro da boate, gerando inclusive reclamação de outros frequentadores.
Os proprietários da casa noturna não quiserem detalhar que tipo de atitude seriam estas.
A equipe de seguranças do Casão é contratada diretamente pela boate, não sendo terceirizada.
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Correções e esclarecimentos.
Suelen Moraes em 17/04/2016 às 10h36É uma casal lésbico: Cada letra da sigla LGBTQI representa um grupo distinto, inclusive com especificidades distintas. Eu procurei o casal pq nós do coletivo LGBT+ de Cachoeira do Sul pretendemos denuncia-los no MP, não obtive resposta, nem demonstração de interesse. Isso é fato corriqueiro na nossa cidade e nessa casa noturna, acredito eu que por nossa justiça ser cisheteronormativa eles acreditam na impunidade. Em relação aos comentários: O Espaço Orelinha é um aliado da causa LGBT, inclusive já o utilizei por diversas vezes, eu acredito que quem não está inserido no debate, não tem noção do que fala, não deve opinar e muito menos levantar falacias. É necessário a defesa dos LGBT, essas pessoas das quais eu me incluo, são a parcela mais marginalizada da sociedade, principalmente o T da sigla, isso comprovado com estatísticas e estudos sérios, então não me venham com esse discurso generalizador, até entre os humanos existe especificidades e particularidades.
HENRIQUE SCHUCK DREY
Rosalvo Lourenço em 12/04/2016 às 19h38Não te faça de rogado. Exija do poder municipal cachoeirense um mínimo de coerência. Este espaço orelhinha, poderia ser usado por vocês para fazer um desagravo às colegas vilipendiadas . Os gays só confiam em ti, com certeza!. Força, na tua jornada, agarre esta causa com toda força e, com certeza, verás um sorriso de prazer nos lábios dos outros. Parabéns! Sucesso!
ABC
Lecino Ferreira em 12/04/2016 às 13h30Teu comentário das 11:59 h é de uma candura de arrepiar. A humanidade não está de um todo perdida. Quando tu rimas sem querer - querendo -, dura com ternura eu cheguei a crer que tu conheces o Henrique Drey profundamente. PS.: Sem o tradicional: Huáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuá, pois a "coisa" é séria!
HENRIQUE SCHUCK DREY.
Adriano Bitencourt Chaves em 12/04/2016 às 11h59Caro Henrique, vejo que esta redobrando teus esforços em defesa dos direitos dos lgbt, diria até que esta dando teu corpo pela causa. Não deixe que esses homofobicos digam como devem se comportar em um ambiente publico, isso só deve ser cobrado desses heteros opressores. Parabéns e continue firme na tua luta por teus direitos, amigo, realmente é alguém que corre atrás, coragem, algumas vezes as coisa serão mais duras, mas não perca a ternura.
Defender os Gays ou o 'bicho' humano?
Delmar Pereira em 12/04/2016 às 11h24Opinião: Existem várias campanhas em defesa dos 'homossexuais' e suas siglas tão divulgadas pela mídia, mas os que mais sofrem discriminação são os Negros(as), Gordos(as), Magros(as), ''feios(as)'' fisicamente, héteros, dentre outras classes que estão suscetível ao Bullying. Não vi nenhuma nenhuma campanha e/ou lei que foi feita para defende-los. Nunca vi fecharem avenidas (como a Paulista) para defenderem os excluídos citados acima, alguém aqui viu?. Deviam defender o SER-HUMANO como um todo, independente de suas preferencias, cor da pele ou aparência física. Portanto este modelo que de imposição, (se espelhando no Ricky Martin ou Daniela Mercury), está somente na cabeça dos que efetivamente são....ou querem ser....não aceitando opinião de terceiros como deu para concluir em 'alguns' destes comentários abaixo. Em tempo: Nada contra, mas também nada a favor, a vida ensina que neste caso específico, ser neutro ainda é o melhor a se fazer!
. . .
Luciano Iserhardt Scherer em 12/04/2016 às 08h37Quando começaremos a ler nas páginas os termos abaixo, totalmente dentro da 'língua jotapeziana'? - xóping - répi-aur - uindous - marquetin - buqui E tantas outras que 'absurdamente' ele usar escritas da FORMA CORRETA! Coisa mais ridícula que essa do JP 'traduzir' palavras só a ridicularidade de não dar o braço a torcer e continuar com essa idiotice...
GUEIS??????
Lecino Ferreira em 12/04/2016 às 08h08Por que só se encontra essa palavra gay grafada: "guei", só no JP?
Dúvida
Regis Rodriges em 12/04/2016 às 08h07Só uma questão, o outro casal guei ao qual foi referido na reportagem também foi "convidado a se retirar" do ambiente? Quanto ao resto, excessos existem em toda e qualquer situação, excesso de "direitos" , eu posso tirar alguém do meu estabelecimento, eu posso beijar minha namorada, eu posso dar um beijo guei onde quer que seja, eu posso fazer o que eu bem quiser e bem entender, não é isso que está acontecendo em todos os lugares??? Eu posso, não me interessa o que as outras pessoas pensem ou acreditem. Aquela história que minha liberdade acaba quando começa a dos outros acabou, virou balela. O fato é que ninguém respeita mais ninguém, acho isso, to até desrespeitando a opinião de vocês expondo a minha. Bom dia a todos.
SR.HENRIQUE SCHUCK DREY
Lecino Ferreira em 12/04/2016 às 08h07Já não é de hoje que acompanhados o teu empenho pela nobre causa dos LGBT, ou LGBTTT (sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Parabéns! Deixemos as rusgas de lado: - Te dou o maior apoio! Acho interessanPTe - é coisa dos céus -, quando alguém se joga de corpo e alma numa causa tão nobre. OBS.: Sem os tradicionais" Huáhuáhuáhuáhuáhuáhuá", pois o assunPTo é sério.
BEIJAÇO
Jeferson Roberto Paz de Moura em 11/04/2016 às 21h17BEIJAÇO SIM! Por que não? As pessoas dizem que deve-se haver limites. Realmente deve. Mas os limites precisam ser os mesmos e valer para heteros e gays. E não é isso que acontece. Já entrei lá e casais heterossexuais se excedem em danças bem provocantes, beijos exagerados. E ninguém reclama. Já para os gays um simples ABRAÇO já é considerado como uma quebra de limite. A Hipocrisia reina...
Discrição???
Jeferson Roberto Paz de Moura em 11/04/2016 às 19h55Esse papo de discrição é uma bobagem! É como dizer "nós te respeitamos mas finja ser heterossexual!". Ridiculo...
Lugar bagaceiro e homofóbico!
Jeferson Roberto Paz de Moura em 11/04/2016 às 19h55Um lugar que segrega pessoas pela orientação sexual não podia ser mesmo grande coisa. Eu já ouvi de ex-funcionários que eles criam situações como, por exemplo, derrubar copo de bebida de propósito se perceberem que algum homossexual está no ambiente. Que chinelagem, hein? Fui apenas uma vez nesse lugar e achei extremamente vulgar. Casais hétero roçando a perna um no outro, praticamente se engolindo na pista. E ninguém faz nada. Mas quando o casal é homossexual não pode sequer dar as mãos, um beijo. Hipócritas... NÃO VAI TER HOMOFOBIA EM CACHOEIRA! E tomara que as meninas ganhem esse processo e vocês paguem por essa palhaçada!
Beijaço gay!!
Rosalvo Lourenço em 11/04/2016 às 19h55Henrique, tua sugestão do beijaço gay só demonstra o quão combativa é a tua atuação no movimento LGBT. Parabéns!!
SEM PRECONCEITO...
Carlos Ramos Machado em 11/04/2016 às 18h06...obviamente, mas, precisam estas meninas aprender que excessos e exageros "românticos" num ambiente em que prevalece o outro lado da moeda, não é salutar, nem todo mundo aprova os relacionamentos gays, pode e ate não é correto agir assim, mas, se querem respeito a sua condição elas precisam dar exemplo de respeito. Ah, namorados e namoradas, depois de uns goles, projetam cenas ate indecentes, todo mundo sabe, mas por ser exatamente um homem e uma mulher, são alvos de criticas veladas apenas, embora fiquem mal vistos pelos demais. No entanto quando se trata de casais gays, as criticas não são nada veladas e a expulsão do ambiente, embora não seja a medida correta, é a mais recorrente. Logo, meninas com meninas, meninos com meninos a tira colo, sejam discretos e a noite sera sem sombra de duvidas uma criança.
Protesto
Henrique Schuck Drey em 11/04/2016 às 17h17Em Fortaleza ocorreu em Shopping da cidade "beijaço" onde vários casais gays trocaram beijos em protesto a ato da segurança do Shopping que interpelou casal de namorados que estavam se beijando na praça de alimentação. O segurança interviu junto ao casal, pedindo para que os mesmos parassem de se beijarem pois teria crianças olhando... cada uma. Talvez este estabelecimento noturno seja uma "casa familiar" kkkkkkkkkkkkk
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