Leitor cobra cômodo da residência engolido pelas chuvas de julho do ano passado

11/09/2016 18:09

PREJUÍZO

O serviços gerais Adão Alves de Freitas, 65 anos, cobra da Prefeitura a reconstrução de um cômodo da sua residência, engolido pela força das águas da intensa chuva que atingiu Cachoeira do Sul em julho do ano passado.

A casa, que fica no Beco dos Trilhos do Bairro Santo Antônio, foi interditada pela Defesa Civil depois que a canalização pluvial estourou, levando parte de seu terreno. Ele e a esposa precisaram sair às pressas porque tudo estava ameaçado de desabar.

Passados 1 ano e dois meses do susto, a Prefeitura eliminou o que corria risco de desabar e reconstruiu a parede - serviço que foi feito há cerca de duas semanas -, dando como pronto para que o morador pudesse retornar.

No entanto, a fossa séptica não foi reconstruída, o que faz com que todo o esgoto produzido futuramente vá direto para uma sanga que corre ao fundo da residência. Cansado de procurar pela Secretaria de Obras, ele relata para a Linha Direta do JP que não existe a possibilidade de retornar, conforme a orientação recebida.

“Mal me atenderam na Secretaria de Obras. Como querem que eu volte para casa nestas condições?”, questiona Freitas, que vem pintando a casa por conta própria sempre que consegue comprar tinta.

“O contrato do aluguel que estão me pagando vence no dia 23 e o proprietário não quer renovar. Perdi um cômodo inteiro da minha casa e ele não foi reconstruído, como haviam me prometido quando aconteceu tudo isso”, conclui o leitor, que cobra providências da Prefeitura.

>> MEMÓRIA
DESABAMENTO NO BECO DOS TRILHOS

* A chuva ocorrida em Cachoeira do Sul em julho do ano passado não chegou a elevar o nível do Rio Jacuí a ponto de atingir as casas ribeirinhas. No entanto, foi constante entre a noite do dia 12 e a tarde do dia seguinte, chegando a 210 milímetros de precipitação neste período.

* A Defesa Civil recebeu pelo menos 100 relatos de problemas ocasionados pela chuva intensa, principalmente de alagamentos.

* Queda de muros, buracos em ruas e destruição parcial de casas também foram relatados, como o que ocorreu com a canalização pluvial que não resistiu à força das águas e estourou uma rua no Beco dos Trilhos do Santo Antônio, levando parte da residência de Adão Alves de Freitas.

* Na época, com um cômodo a menos e à beira de uma cratera, sua casa estava ameaçada de desabar e foi interditada pela Defesa Civil.

* Freitas e sua esposa precisaram sair às pressas com os seus pertences, que acabaram sendo deixados provisoriamente na casa de vizinhos.

* Como providência, a Prefeitura passou a alugar uma nova moradia para Freitas. Porém, o contrato vence dia 23 e o proprietário da casa não quer renová-lo.

* Freitas agora não sabe o que fazer, porque alega que na Prefeitura disseram que ele poderia voltar a residir na sua casa, que teve a parede reconstruída há pouco mais de 15 dias.

* O cômodo perdido, no entanto, não foi reconstituído e nem a fossa séptica, que também foi destruída pela força das águas.

* Ele calcula que tenha perdido cerca de 10 metros da sua casa, na promessa de que a reconstrução ocorreria para que ele pudesse retornar.

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Onde..?

Demosthenes Aires Correa em 13/09/2016 às 18h08

Onde fica essa praga de BECO DOS TRILHOS, saí de Cachoeira a +/- 60 anos, não existia isso..