Blog do Português
Para testarmos a postagem anterior
“No começo do século XX, o escritor paranaense Emílio de Meneses era o gênio das frases. Conta-se que certa vez, no Rio de Janeiro, viajava num bonde em cujos bancos só cabiam quatro passageiros. O do escritor já estava lotado, quando ele viu, tentando com dificuldade acomodar-se a seu lado, uma conhecida cantora lírica, gorda como ele. Foi a deixa para mais um trocadilho: ‘Ó, atriz atroz. Atrás, há três!’ ” (Benício Medeiros)
“Viajavam num bonde EM cujos bancos só cabiam quatro passageiros.”
Um outro modo de relatar o fato acima, preservando o sentido original e respeitando a gramática normativa da língua, é:
a) Viajavam num bonde que os bancos só acomodavam quatro passageiros.
b) Os bancos do bonde em que viajava só comportavam quatro passageiros.
c) Quatro passageiros cabiam só nos bancos do bonde onde ele viajava.
d) Viajava num bonde onde só cabiam bancos com quatro pessoas.
e) Os bancos do bonde que ele viajava só acomodavam quatro pessoas.
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SHOW, PROFESSORA MAGDA!
Lecino Ferreira em 27/04/2016 às 12h45Eis uma aula de extremo interesse para quem presta concursos público. Obrigado pela atenção, Professora.
RESPOSTA AO LEITOR LECINO
Magda Elisabete Scotta Hentschke em 27/04/2016 às 11h26Lecino, interessante colocação, mas não há erro de pontuação nos item B, porque a oração que indicas restringe o termo anterior, não o explica. Descompliquemos: 1. Meu avô, que mora no Rio de Janeiro, virá passar o Natal conosco. 2. Meu avô que mora no Rio de Janeiro virá passar o Natal conosco. Na frase 1, eu só tenho um avô, e esse único avô mora no Rio de Janeiro. - É caso de explicação, entre vírgulas, portanto. Na frase 2, eu tenho dois avôs, e o que mora no Rio de Janeiro virá passar o Natal comigo. - É caso de restrição, ou sem vírgula ou somente vírgula após Rio de Janeiro. O caso ... bonde em que viajava ... denota restrição. Sem vírgula, então. Até à próxima.
ANULAR É GOLPE!
Paulo Sanmartin em 26/04/2016 às 21h31Não querida professora, anular é golpe. Eu acho que mereço nota vinte (20)), pois não só acertei a resposta, como identifiquei o erro na proposta inicial. NÃO VAI TER GOLPE, NÃO AO GOLPE. Dilma, fica, quer dizer, a questão fica! Kkkk
RESPOSTA AOS LEITORES
Magda Elisabete Scotta Hentschke em 26/04/2016 às 16h36Leitores atentos, obrigada pelo debate. Realmente, houve um erro de digitação na proposta inicial. A frase original é Viajava num bonde em cujos bancos só cabiam quatro passageiros. Por isso, apontamos a letra B. Tem razão o leitor Paulo quando afirma que falta, na letra B, a desinência de plural M para o verbo já que, na proposta, aparece Viajavam, não estando, assim, o sentido original preservado. Por outro lado, não pode indicar a resposta A, porque falta a preposição EM antes do pronome relativo. Dessa forma, a proposta de melhor frase - modificando o verbo da B - é, realmente, Os bancos do bonde em que viajavam só acomodavam quatro pessoas. As respostas C e D têm significado diferente, e, na letra E, também falta a preposição antes do pronome relativo. Ah, desculpem, não sei por que aquela letra F - na explicação - apareceu. Cristiano, anulamos a questão? Ou se escolhe a mais aproximada como acontece em muitos concursos?
Dúvida
Paulo Sanmartin em 25/04/2016 às 17h14Professora, eu gostaria de ter minha dúvida anteriormente exposta, respondida.
Grande sacada
Cristiano Silva de Lima em 25/04/2016 às 16h47Perfeito Delmar. Quanto à questão proposta pela professora Magda, também fiquei inclinado pela alternativa "B", todavia achei q era um pega-ratão... já que falava "viajavam" e não "viajava", como está dito na letra "b", então pretendo entrar com recurso para anular a questão... hehe
Sr. Cristiano,
Delmar Pereira em 25/04/2016 às 10h13Nossa língua portuguesa: Um navio holandês entrava no porto um navio inglês - Essa frase não deve ser pontuada; entrava não é do verbo entrar, mas sim o presente do indicativo de entravar. Seria algo assim como “Um navio holandês atrapalha no porto um navio inglês”. Entretanto e se quiseres, podes colocar “no porto” entre vírgulas, por se tratar de um adjunto adverbial deslocado, ou deixá-lo assim mesmo, devido à sua pequena extensão. Já para Blog' da professora Magda fiquei com a resposta ''B'', pois é a que mais se adéqua a questão proposta pela nobre docente. Tenha um bom dia!
Vamos às respostas:
Magda Elisabete Scotta Hentschke em 25/04/2016 às 10h13a) Necessidade de preposição EM antes do pronome relativo. b) CORRETA. c) Não preserva o sentido original. d) Não preserva o sentido original. e) Necessidade da preposição EM antes do pronome relativo. f) EXPLICAR.
Nossa língua portuguesa
Cristiano Silva de Lima em 24/04/2016 às 19h53Fascinante o sem-número de combinações que a língua portuguesa oferece. Arrisco a opção "a". Aproveito para lançar outro desafio. Observe a frase: "O navio português entrava no porto o navio francês". Qual a pontuação necessária?
Não sei.
Paulo Sanmartin em 24/04/2016 às 19h25Magda, a frase inicialmente está no singular "viajava". Depois já vem no plural "viajavam". Não sei exatamente qual a frase padrão, mas se for a segunda, creio que a resposta exija o verbo no plural também. Assim, apenas a primeira frase atende esta exigência. Então a resposta correta é alternativa "a", mas eu construiria "viajavam num bonde EM que os bancos só acomodavam quatro pessoas".
Difícil
Oneide Teixeira da Costa em 24/04/2016 às 16h47Boa tarde, professora Magda! realmente um grande desafio. Fico com a letra B, no aguardo da resposta e sua explicação. Abraço
B?
Lecino Ferreira em 24/04/2016 às 10h16Ou eu estou redondamente enganado ou existem erros de pontuação nos itens das respostas? Para mim o que corresponde à pergunta é a letra "b", mas eu a escreveria assim: -"Os bancos do bonde, em que viajava, só comportavam quatro pessoas."
MUITO OBRIGADO PROFESSORA MAGDA,
Delmar Pereira em 19/04/2016 às 16h00Agora já sei, quando eu quiser mandar alguém ''a'' ou ''para'' algum lugar'' e permanecer por tempo indeterminado ou ficar para sempre no local, vou usar seus ensinamentos! Vou dizer assim: Vai ''para'' a .... Tenha uma boa tarde!
RESPOSTA AO LEITOR DELMAR
Magda Elisabete Scotta Hentschke em 19/04/2016 às 15h08Delmar, obrigada pelas questões. Vamos às respostas: 1. Na linguagem do dia a dia, é comum observamos construções como "Amanhã vou no cinema." Na linguagem formal, tal construção não é aceita, pois há determinação de que o adjunto adverbial - ao cinema - seja introduzido pela preposição A. Então, ou "Amanhã vou ao (A+o) cinema." ou "Amanhã irei ao (A+o) cinema." ou "Amanhã vou A Porto Alegre.". Como escreveste, vou e volto. Se o sentido for "dirigir-se com intenção de permanecer", a construção será "Vou para Porto Alegre", ou seja, vou e fico. 2. Observa os exemplos: "Este livro é para MIM." e "Este livro é para EU ler." Por exigência da norma culta, no caso de o pronome pessoal estar precedido de preposição - PARA - as formas oblíquas MIM e TI devem ser usadas. Outros exemplos: Este livro é para TI. Não posso viver sem TI. Não há nada entre MIM e ela. No entanto, se essas formas funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo - LER - deverão ser empregadas as formas retas EU e TU. Mais exemplos: Este livro é para TU leres. Este casaco é para EU usar. Volte sempre.
RESPOSTA,
Delmar Pereira em 19/04/2016 às 10h57b) Os bancos do bonde em que viajava só comportavam quatro passageiros. Aproveitando e se permitir, gostaria de fazer duas perguntas: 1- Quando se manda uma pessoa ''a''... ela vai e volta ou ''para'' ela vai e fica? 2- O para ''eu'' e ''mim'', se usa em que circunstancias especificas? Parabenizando-a pela iniciativa corajosa (pois muitas pessoas têm essas dúvidas) desde já agradeço.