Com as mudanças no formato das aulas, pais, professores e estudantes precisaram se adaptar à uma nova realidade. Os aplicativos podem ser fundamentais nessa nova fase.

Tecnologia na educação: como os aplicativos ajudam no aprendizado

24/08/2020 13:53

Já faz alguns meses que estamos vivendo uma rotina completamente nova. Uma das áreas mais afetadas pelas mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus é a educação, tanto para as crianças, quanto para os jovens e adultos. Em uma fase em que a tecnologia está presente na educação, os aplicativos são grandes aliados do aprendizado. Mas como eles funcionam?

Em uma pesquisa rápida pela loja de apps do seu smartphone ou tablet é fácil encontrar uma série de opções para os mais diversos objetivos, seja para o aprendizado das letras, da matemática ou mesmo de idiomas, área que teve um crescimento considerável neste período. De fato, os aplicativos mostram que há novas maneiras de aprender.


Como funcionam os apps educativos?

Cada aplicativo educacional é desenvolvido para que o usuário alcance determinado objetivo. Se tomarmos como exemplo um app para aprender um novo idioma, notamos que existem recursos que permitem que o estudante desenvolva um vocabulário e crie conexões duradouras em sua mente.

São justamente esses recursos que os aplicativos têm que os diferenciam completamente dos métodos de ensino tradicionais. Essas ferramentas estão relacionadas a gamificação.



Imagem: Freepik

A gamificação utiliza fatores psicológicos para que o usuário se sinta motivado a continuar evoluindo dentro do aplicativo, como se fosse um jogo (gamificação vem do inglês, gamification, que deriva da palavra game).

A teoria começou a partir da percepção que os seres humanos se sentem atraídos por jogos, tanto eletrônicos, quanto jogos de mesa ou práticas esportivas. A partir do entendimento do que está por trás do nosso amor pelos jogos que os cientistas criaram o conceito de gamificação.

Aplicando a gamificação em aplicativos, como acontece com a Babbel, a plataforma consegue determinar métricas para avaliar se um aluno está aprendendo como deveria. Para manter os alunos engajados, as atividades de cada seção são diversas e a cada conquista existe uma comemoração.

Como o esforço em um aplicativo é completamente individual, o app oferece recursos capazes de manter um usuário engajado, ainda que cumprir a rotina de exercícios caiba somente à pessoa. É um ponto de responsabilidade educacional que estamos começando a conviver somente agora.


Gamificação como recurso da educação

Com a mudança da estrutura educacional, com aulas de escolas, cursos e faculdades presenciais completamente paradas, a gamificação surge como um recurso importante para a educação. E esse conceito só funciona porque, como seres humanos, temos conexões neurais e psicológicas semelhantes uns aos outros.

Na pesquisa do conceito da Gamificação, os cientistas identificaram que os jogos têm em comum quatro características: meta, regras, sistema de feedback e participação voluntária. Esses elementos provocam engajamento na maioria das pessoas, fazendo com que a gente se sinta motivado a continuar uma experiência.

A maioria dos aplicativos com fins educacionais utilizam a gamificação como método de incentivo. O app para estudar inglês da Babbel, por exemplo, é dos mais populares e que fazem uso da psicologia dos jogos em suas lições.

Se antes da pandemia a Gamificação já era considerada um recurso útil para os professores, com as aulas suspensas e sem previsão de retorno, conquistar a atenção dos alunos fica mais fácil ao aplicar conceitos de jogos.

Além disso, muitos pais têm utilizado aplicativos como recursos extras de aprendizado, especialmente porque os apps são mais atrativos do que as aulas à distância para a maioria das crianças.


Os desafios na educação brasileira

Apesar desses recursos, a educação brasileira está longe de apresentar a estrutura adequada para que os estudantes consigam manter o aprendizado, especialmente durante a pandemia.

Entretanto, essa situação pode ser vista por uma outra perspectiva, como sugere o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que vê uma “oportunidade geracional” para “redesenhar” a área educacional.



Imagem de jcomp por Freepik

O secretário-geral da ONU entende que “a educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e o futuro das sociedades”, fundamental para reduzir as desigualdades sociais. Com a situação completamente nova que vivemos, o momento de adequação serve também para que governantes avaliem o que precisa ser feito para que esse cenário não se repita no futuro.

Enquanto as soluções ainda se mostram em fase de planejamento, os pais e professores passam a assumir novos papéis, tendo nos recursos tecnológicos uma espécie de reforço no aprendizado. Uma ferramenta que, possivelmente, terá cada vez mais espaço na forma como aprendemos, seja uma matéria escolar ou um novo idioma. 

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