Blog da Poesia

XXIV Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas

19/05/2021 00:00

Estão abertas as inscrições para o XXIV Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas. O concurso tem como premissa estimular a criação literária e revelar novos talentos de modo igualitário e democrático. Para participar do certame é estritamente necessário residir em Cachoeira do Sul. Cada poeta/escritor poderá concorrer enviando um único poema; este deve ser inédito, nunca publicado em sites, revistas, suplementos de jornais ou redes sociais; com no máximo 25 versos, digitados em arquivo de word, tamanho da fonte 12. O tema é livre. O recebimento dos trabalhos se entende até o dia 20 de junho de 2021, sendo válido os textos que chegarem após este período, desde que postado nos Correios até a data mencionada (Os envelopes também poderão ser entregues diretamente na recepção do Jornal do Povo). O concurso literário se divide em três categorias; infantil, juvenil e adulto.

Regulamento completo está disponível no site do JP ou nas edições impressa do periódico. Participem!


Senhora
Netuno te guarda sob as Graças de Conceição
Em leito de areia, se aforam tuas ruas
No teu riso da praça, dançam tuas águas
Em ti,
Paraíso é semeado,
Quedas erguem Pontes,
Pedras ladrilham o tempo,
Lares e Centros emanam a fé.
Teus casarões sombreiam pajés descalços,
Filhos herdeiros das cestarias.
Tua identidade e tuas Comunidades Remanescem
Tua terra plural alimenta e tuas histórias nutrem.
Ainda te faltam esquinas para refugiar quem chega
E sobram nas paredes as faces da despedida.
Tua alma tem rugas de coragem.
Teus filhos, novos sobrenomes,
Tuas lágrimas, gosto de rio.
Tua voz, Cachoeira, é o violino que ecoa
A prece materna nos ares do Sul.
Gabrielly Vieira Ribeiro


Vento nosso
Nas ruas da minha aldeia o vento dorme
às vezes ele envolve algum cão
em outras tantas não
quem sabe um bêbado caído
lá o vento vá como agasalho
pegando força na curva do rio
é o ofício do sopro da terra
quando entra às ruas da cidadela
que é só cicatriz na paisagem
ventania vira aragem
acaricia ou bate
e que assim seja
temos ao menos o vento.
Diogo de Souza Lindenmaier

Sol e lua
Decididamente ando por demais carente.
Na vida a gente chora, a gente sente...
Não me interprete hoje
Deixe o mundo para depois...
Não tente me decifrar agora
Desconsidere minhas ações...
Não me exponha a mim mesma
Nem interprete olhares
Não mexa nas minhas sombras
E depois diga adeus...
Tudo o que sei é dos medos meus.
Há rumor e ventania lá fora.
No céu lágrimas de quem foi embora...
Seremos como sol e lua
Que jamais se encontram
Simplesmente brilham, iluminam
Vidas e caminhos opostos...
Melissa Carla Streck Bundt


Sonhos infinitos
Tocar
Com as pontas dos dedos
A borda
Do infinito...
Levantar devagar
O véu do inconsciente...
Ler os pensamentos
Com a clarividência dos loucos...
Saber antecipadamente
A palavra
Que será dita...
Enquanto a boca
Ainda está calada...
Abraçar a alma...
Desvendar o coração...
E deixar cair
Inerte e impotente...
Até que a vida acabe...
Madalena Alverne Medeiros Silva


Rio da Vida
Há em mim uma ingrata angústia inata...
É de minha própria natureza sentir tristeza.
O rio da vida retrata uma falsa mata
De uma dissimulada beleza simulando pureza. O rio da vida insiste em me refletir triste...
A distância que separa minha infância
Consiste em banhar a saudade que assiste
Em nítida inconstância meu delírio e ânsia. Parece que o rio também espelha saudade
Da absorta memória de outra idade
Onde nem tudo era turvo e sombrio. Saudoso tempo aquele que prazenteira mocidade
Na qual das águas escoavam com claridade
Na superfície límpida desse mesmo rio.
Luiz Carlos Gama

 

MANIAS
Ah!! Esta mania de escrever
Buscar as palavras vazias
Que pesam só no papel
Em que derramo a poesia...
Ah! Essa mania de transparecer
A alma e suas amarguras
Sendo um ser pleno e sozinho
Entre pobres pálidas figuras...
Ah! Essa mania de criança
Tão verdadeira e impulsiva
Solta palavras ao vento
Não sabe ficar passiva
Ah! Essa mania poética
De amar quem não te quer
Mas é o melhor desta vida
Voar para onde quiser...
Ah! Essa mania que tenho
De resolver os problemas
Escrevendo-os por aí
Nos muros e nos poemas!
Mara Garin

Ellen Nunes

2015

Diogo Lindenmaier

Ricardo Carrera

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